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Política

Deputada evangélica pede tombamento de terreiro em Duque de Caxias

Iniciativa é do movimento criado para a conservação do terreno, considerado sagrado por religiosos do Candomblé

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(Foto: Ascom/Mônica Francisco)

Iniciativa é do movimento criado para a conservação do terreno, considerado sagrado por religiosos do Candomblé
(Foto: Ascom/Mônica Francisco)

Tramita na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), um projeto de lei que pede o tombamento do Terreiro de Joãozinho da Goméia, localizado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A proposta é de autoria da deputada estadual Mônica Francisco (PSOL), que é evangélica e defende as religiões de matriz africana na vice-presidência da Comissão de Combate às Discriminações da Casa Legislativa.

A iniciativa é do movimento criado para a conservação do terreno, considerado sagrado por religiosos do Candomblé. Para a parlamentar, é perfeitamente possível aliar desenvolvimento e conservação de patrimônio histórico.

“É preciso que todos compreendam que preservar a história é fundamental para o enriquecimento cultural, a valorização e o reconhecimento das práticas religiosas do Candomblé, assim como para demarcar as lutas e a resistência da população negra. O Terreiro de Joãozinho da Goméia deve ser reconhecido como espaço de memória afetiva, de afirmação identitária e de disseminação da cultura afro-brasileira”, afirmou Mônica.

Para a moradora de Duque de Caxias e religiosa de matriz africana, Ivanete Silva, o terreiro representa a raiz negra do povo da cidade. “ Precisamos entender esse espaço como um território do povo de Duque de Caxias. Um povo preto, que não aceita intolerância religiosa e que sai em defesa do seu patrimônio histórico” destaca a professora. .

O projeto foi apresentado em coautoria com o deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) e pode entrar em pauta para votação já nas próximas semanas.

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