Política
Deputado vai pedir a ministro que Infraero volte a administrar aeroporto do Galeão
“Galeão se encontra hoje esvaziado e sucateado, precisando de muitos investimentos tanto dos operadores quanto do município e do estado”, dispara o deputado federal Júlio Lopes (PP)
Diante de todo o imbróglio envolvendo os aeroportos do Galeão e Santos Dumont, o deputado federal Júlio Lopes (PP), vai solicitar audiência com o ministro dos Portos e Aeroportos do Brasil, Márcio França, para discutir a situação e colaborar no sentido de evitar o esvaziamento do Galeão.
“Parabenizo a iniciativa da redução do número de vôos proposta pelo ministro, mas o problema do Galeão é enorme e vai muito além dessa medida. O Galeão se encontra hoje esvaziado e sucateado, precisando de muitos investimentos tanto dos operadores quanto do município e do estado. Os acessos pela linha Vermelha, Amarela e Av. Brasil por exemplo, são muito ruins e inviáveis nos horários de pico. A segurança é outro ponto muito fraco tanto no local quanto nos acessos. Vale lembrar que 49% do Galeão ainda pertencem a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), e que talvez a solução mais simples fosse que ela, a Infraero, assumisse a administração do Galeão de imediato. Essa pode ser a solução mais rápida e eficiente para que possamos harmonizar a administração do Galeão com o Santos Dumont”, disse.
O parlamentar lembra também que ocorreu um erro sem precedentes na avaliação da concessão, e um ainda maior no ágio que a concessionária se dispôs a pagar, já que as metas de números de passageiros são completamente irreais. Ele destaca ainda que o contrato vigente e que a própria Changi assinou abrindo mão, é irrealizável. Para ele, é necessário acertar essa questão, pois isso será importante para que se tenha uma operadora aeroportuária capaz de trazer aeroportos regionais novamente para serem operados, como Itaperuna, Resende e outros.
“O Galeão precisa de muitos investimentos, e não está como está hoje sem razão. Os vôos não migraram para o Santos Dumont só pela proximidade que pode ser considerada a principal razão. Barcos, acessos marítimos e outras possibilidades precisam ser estudadas. Mas antes de tudo tem que se rever o contrato; pois a revisão desse contrato permitirá a Infraero voltar a ser uma operadora de classe mundial como já foi um dia”, explicou Júlio.
“Talvez uma solução rápida seja a criação de bancos de sangue veterinários, sendo que os animais deverão atender alguns requisitos mínimos, como boa saúde clínica e peso específico para que ocorra uma doação segura”, explicou.