Os 70 deputados estaduais eleitos ou reeleitos no pleito de 2022 foram empossados, nesta quarta-feira (01), em cerimônia realizada no Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A sessão solene aconteceu no Plenário Barbosa Lima Sobrinho e foi conduzida pelo parlamentar reeleito Carlos Minc (PSB), decano da Alerj, que vai para o décimo mandato.
Em conversa com jornalistas, Minc falou sobre o simbolismo em ser o deputado com mais tempo de parlamento. “Eu quando fui deputado pela primeira vez era, talvez, o mais novo da Alerj. Estava acostumado a ser o caçula. Agora, embora não seja o mais velho, sou o que tem mais mandatos. Exatamente por isso, posso dizer que vivi outros e diferentes tempos. Tenho nas costas marcas do que sofri quando, com 18 anos, fui preso e torturado nos porões da ditadura militar, coisa que muita gente nega ou não conhece. E justamente por não conhecer, acaba permitindo que se repita”, afirmou.
Diversas autoridades estiveram presentes na cerimônia de posse e compuseram a chamada mesa de honra. O governador Cláudio Castro (PL) foi uma dessas figuras ilustres e ao discursar enfatizou a importância da parceria entre o Executivo e o Legislativo.
“Quero aproveitar a oportunidade para reforçar a minha disposição e empenho em dialogar com todos os partidos, de qualquer espectro político partidário. O momento atual pede que nós encontremos, uns nos outros, o nosso compromisso público e dever ético perante o povo do Rio de Janeiro. Eu não tenho dúvidas de que foi a união de forças da Alerj que possibilitou avançarmos nas políticas públicas do Governo do Estado e consolidarmos as conquistas dos últimos dois anos e meio. O diálogo permanente com essa casa foi um instrumento indispensável para que todos nós estivéssemos lado a lado, em um esforço conjunto, para retirar o Rio do estado de letargia que estava”, declarou Castro.
Outra autoridade presente na mesa de honra foi André Ceciliano (PT), que encerrou nesta quarta-feira o mandato como presidente da Alerj. Ao fazer um discurso na solenidade, o agora ex-deputado estadual relembrou os desafios enfrentados ao longa da última legislatura e desejou um bom trabalho para os parlamentares eleitos.
“Fizemos uma transição na Alerj após um turbilhão de acontecimentos. Votamos pautas difíceis, exigidas pelo momento de penúria que o estado do Rio viveu até aderir ao Regime de Recuperação Fiscal. Enfrentamos o impeachment de um governador, o primeiro de nossa história. Encararmos uma pandemia mundial, mas não paramos um dia sequer, e aprovamos medidas essenciais ao suporte da população, principalmente aquela parcela mais vulnerável diante do cenário da crise sanitária. Foram anos de muito trabalho aqui na Alerj. Divergimos, debatemos e chegamos a consensos. É assim que se trabalha e atua, sempre em conjunto. Essa união nos fez fortes e combativos. O diálogo que estabelecemos foi um aprendizado, algo que vou levar para minha vida e que também deixo aos parlamentares que estão chegando nesta jornada. A política deve ser um instrumento de pacificação, de construção de um estado e de um país mais justo e igualitário. Estarei presente e perto, atento e forte, nas brigas, nas lutas, na constante defesa do Rio de Janeiro”, disse Ceciliano no discurso.
A nova formação da Alerj tem como uma das características a renovação superior a 45%. Ao todo, são 32 novos parlamentares, ante 38 reeleitos. Uma das estreantes é a professora Dani Balbi, primeira mulher trans a ser eleita deputada estadual no Rio. Em entrevista para imprensa, ela ressaltou a representatividade deste mandato.
“A presença das demandas das mulheres transsexuais e travestis neste espaço é uma conquista. Vou trabalhar em prol da vocalização da luta por cidadania, que passa obviamente pelo acesso de mercado de trabalho formal e pela escolarização. Sou uma doutora, professora, primeira trans a lecionar na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e com muita felicidade trago a responsabilidade de representar aqui na Casa também os anseios do segmento de pesquisa, da academia fluminense”, pontuou Dani.
Com a cerimônia de posse dos 70 deputados eleitos em 2022, a Alerj ganhou uma nova configuração. Nela, a bancada do PL, partido do governador Cláudio Castro, passou a ser a maior da Casa, com 17 representantes.
A bancada do União Brasil vem em sequência, com oito parlamentares. Depois, aparece o PT com sete, o PSD com seis e PSOL com cinco. O PP conta com quatro deputados, enquanto o Republicanos e o Solidariedade possuem três cada um. Os partidos com dois representantes na Alerj são PSB, PROS, MDB, PDT e Podemos. Já Avante, PMN, Patriota, Agir, PSC, PTB, PCdoB contam com um parlamentar, cada legenda.
Após a posse, esta nova formatação volta a se reunir na tarde desta quinta-feira, às 15h, também no Palácio Tiradentes, para a eleição da Mesa Diretora e do novo presidente da Alerj. Os eleitos terão um mandato de dois anos e os candidatos são os deputados Rodrigo Bacellar e Jair Bittencourt, ambos do PL.
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