Conecte-se conosco

Política

Ex-diretor da Odebrecht diz que foi ‘quase coagido’ a ‘construir um relato’ em caso de sítio de Atibaia

O processo, fruto das investigações da Lava Jato, foi o responsável pela segunda condenação do ex-presidente Lula

Publicado

em

O processo, fruto das investigações da Lava Jato, foi o responsável pela segunda condenação do ex-presidente Lula
(Foto: Reprodução)

Em depoimento dado ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), no último dia 03 de julho, divulgados pelo portal Uol, o ex-diretor da superintendência da Odebrecht Carlos Armando Paschoal afirmou que foi “quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido”, sendo obrigado a “construir um relato” no caso do sítio de Atibaia. O processo oriundo das investigações da Operação Lava Jato foi o responsável pela segunda condenação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As declarações dadas por Paschoal à Justiça fazem parte de um processo sobre improbidade administrativa contra Elton Santa Fé Zacarias, ex-secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do presidente Michel Temer (MDB). No testemunho, o ex-diretor fez críticas aos procuradores da Lava-Jato.

Paschoal, que também foi condenado no processo do sítio de Atibaia, falou: “No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o engenheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato”. Segundo o ex-diretor, a construção seria forçar ele a dizer algo como “olha, aconteceu isso, isso, isso e isso; e eu indiquei o engenheiro para fazer as obras”.

Apesar das afirmações, Paschoal não explicou exatamente como teria sido a coação do MPF durante seu depoimento, além de não ter dado detalhes exatos sobre o que teria sido “construído” em seu relato do caso do sítio de Atibaia.

Continue lendo