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Política

Festival no Circo Voador vai celebrar 80 anos de Benedita da Silva nesta quinta

‘Essa voz que ecoa’ homenageará a mulher favelada que se tornou símbolo da luta contra o racismo no Brasil e da capacidade de a população negra representar a si mesmo.

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Festival no Circo Voador vai celebrar 80 anos de Benedita da Silva nesta quinta

Os 80 anos da deputada federal Benedita da Silva não poderiam ficar marcados só por uma festa de aniversário. Nesta quinta-feira (30), Bené vai ganhar um festival inteiro no Circo Voador, coração da Lapa. O festival ‘Essa voz que ecoa’ homenageará a mulher favelada que se tornou símbolo da luta contra o racismo no Brasil e da capacidade de a população negra representar a si mesmo.

Evangélica desde 1968 e feminista de carteirinha, Benedita da Silva é a mulher negra que mais coleciona vitórias políticas na história do Brasil. Teve infância e adolescência marcadas pela pobreza e dedicou a juventude aos movimentos negro, de favela e de mulheres. A primeira vitória eleitoral foi para vereadora, em 1982. Foi deputada constituinte, senadora e governadora do Rio de Janeiro. Nunca uma brasileira negra chegou tão longe.

O Festival vai encher o Circo Voador de música e, claro, política. A abertura será feita por mulheres negras, às 16h, no debate “Vozes que ecoam: a trajetória das mulheres negras na política”. Será um dia de cultura, uma das áreas em que Benedita mais fez projetos em sua vida política. Casada com o ator Antônio Pitanga, Bené fez leis como a Aldir Blanc, de apoio aos artistas.

Haverá apresentações dos seguintes grupos:

– RapQuiombola Realidade Negra: composto por pessoas do Quilombo do Campinho, em Paraty. As letras contam a história de resistência do Povo Negro em Ritmo e Poesia. É a história de Bené.

– Roda de Samba do Grupo Arruda: A voz principal da roda é a de uma mulher, Maria Menezes. E o samba sempre teve Bené como uma defensora. Não há hipótese de a deputada resistir à tentação de soltar a voz no palco do Circo Voador.

– Baile Black Bom: a black music é para encerrar a festança lembrando da influência dos americanos no Movimento Negro do Brasil. A luta contra a segregação nos Estados Unidos influenciou a cultura brasileira nas roupas, no cabelo, na música e na dança. No coque e nos cachos de Benedita da Silva, black power na essência.

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