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Economia

Guedes apoia reinclusão de estados e municípios na reforma: ‘Isso é bom para o Brasil’

Segundo o ministro, a inclusão dos servidores públicos estaduais e municipais resultaria numa economia adicional de R$ 350 bilhões aos cofres públicos

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Segundo o ministro, a inclusão dos servidores públicos estaduais e municipais resultaria numa economia adicional de R$ 350 bilhões aos cofres públicos
(Foto: Alan Santos/Presidência da República)

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, a reinclusão dos estados e dos municípios na reforma da Previdência, pelo Senado, ajudaria o país. Em entrevista a jornalistas na cidade de Santa Fé, Argentina, na última quarta-feira, Guedes elogiou a ideia de reinserir as prefeituras e os governos estaduais na reforma por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) paralela.

Reafirmando que a inclusão dos servidores públicos estaduais e municipais resultaria numa economia adicional de R$ 350 bilhões, Guedes não quis comentar mais detalhes sobre o texto aprovado em primeiro turno, pela Câmara dos Deputados, na última sexta-feira. No entanto, ele se disse confiante nos esforços dos congressistas.

“Vamos esperar o trabalho do Congresso porque eu confio nele. Ainda tem segundo turno (na Câmara), tem Senado. Está se falando que Senado vai incluir estados e municípios. São mais R$ 350 bilhões. Isso é importante para o Brasil, ajuda bastante. Então tem muita coisa para acontecer”, declarou o ministro, na primeira manifestação pública após a votação.

O ministro esclareceu que a economia total para o governo federal nos próximos dez anos, estimada em R$ 900 bilhões, ficou inferior à estimativa inicial de R$ 1 trilhão, pedida pela equipe econômica. No entanto, Guedes disse ficar contente se os estados e os municípios voltarem para a reforma: “Nós estamos falando do Brasil, não é só da União. Se voltam R$ 350 bilhões via Senado, isso é bom para o Brasil, porque estados e municípios também participam desse ajuste que o sistema previdenciário precisa”, acrescentou.

Porém, o ministro não quis comentar a intenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), de encaminhar uma nova PEC ao longo do segundo semestre para reinserir a capitalização, sistema em que cada trabalhador tem uma conta individual de Previdência. Ele, no entanto, defendeu a proposta, dizendo que ela ajudará o país a retomar o crescimento.

“Essas reformas são importantes. Em relação à Previdência, o que temos dito é que o sistema de repartição (em que os trabalhadores na ativa financiam as atuais aposentadorias) está condenado. Então, gostaríamos de mudar o eixo para um sistema de capitalização, que bota o Brasil pra crescer. O Brasil pode crescer 4%, 5% ao ano se tiver um mecanismo automático de acumulação de recursos”, declarou Guedes.

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