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Política

Ministro pede demissão após vazar vídeo em que aparece durante ataque à sede dos Três Poderes

Gonçalves Dias é o primeiro membro do alto escalão a sair do governo neste terceiro mandato de Lula

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Gonçalves Dias e Lula
Gonçalves Dias em foto abraçado ao presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o general Gonçalves Dias, pediu demissão do cargo na tarde desta quarta-feira (19). A saída dele ocorre após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chefes de outras pastas, no Palácio do Planalto, em Brasília.

O general da reserva é o primeiro ministro a deixar o governo neste terceiro mandato de Lula. A demissão acontece horas depois da CNN Brasil ter divulgado um vídeo no qual Gonçalves Dias e funcionários do GSI aparecem circulando pelo Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Nas imagens, é possível vê-los interagindo e até mesmo orientando os extremistas durante a invasão e depredação do prédio.

Após o pedido de demissão de Gonçalves Dias, a Secretaria de Comunicação da Presidência emitiu uma nota oficial informando que as “imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais”. Além disso, o órgão declarou que 81 militares, inclusive do GSI, já foram ouvidos e todos os envolvidos “estão sendo identificados e investigados” no inquérito.

Abaixo, confira a nota oficial na íntegra:

“A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.

As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.

No dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões.

Dessa forma, todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.

O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio.

E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.

Secretaria de Comunicação Social”

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