O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RO) se manifestou essa semana e disse ter ficado “estarrecido” com a situação dos povos Yanomami. Ele inclusive culpou adversários políticos pela tragédia.
Mas no Projeto de Lei apresentado pelo referido parlamentar para liberar o garimpo em terras indígenas, Mecias discorre sobre a crise dos Yanomami. Ele cita, inclusive, a desnutrição.
“A realidade do indígena não é essa mostrada nas telas de cinema, muitos passam fome e a desnutrição já é uma triste realidade. Cito como exemplo os ianomâmis”, escreveu em um trecho do PL.
Mecias chegou a dizer que a divulgação sobre a crise humanitária dos Yanomami trata-se de sensacionalismo. Mecias e seu filho Jhonatan de Jesus indicaram os três últimos coordenadores do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami. Foi na gestão de um dos indicados, Rômulo Pinheiro, que a crise dos Yanomami se intensificou.
O período de sua administração do DSEI-Y sobre a proteção de Jhonatan, também coincide com o aumentou do número de crianças e adultos desnutridos, assim como o de mortes.
Diante das indicações da família, os adversários do deputado federal Jhonatan de Jesus, estão enfatizando os indícios de irregularidades e corrupção, o que pode atrapalhar a candidatura dele ao Tribunal de Contas da União.
O Tribunal de Contas da União é um dos órgãos responsáveis pelo controle do uso do dinheiro público investido em políticas públicas como o que foi para o Dsei-Y.
Além de Jhonatan de Jesus, Soraya Santos e Hugo Leal são os favoritos para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de ministra Ana Arraes em julho do ano passado.
Confira o discurso do senador Telmário Mota, responsabilizando Mecias de Jesus e Jhonatan de Jesus, pelas irregularidades no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami.
Investigação da PF
A pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a Polícia Federal (PF) abriu, nesta quarta-feira (25/1), um inquérito para apurar possível crime de genocídio e omissão de socorro contra a etnia Yanomami, em Roraima. O inquérito vai ficar sob responsabilidade da Superintendência da PF, em Roraima.
Em nota, a corporação disse que vai “apurar os crimes de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, além de outros crimes conexos em Terras Indígenas Yanomami”. Como “crimes conexos” está a exploração de garimpo ilegal, com identificação dos responsáveis, financiadores, fornecedores de equipamentos e insumos e facilitadores da atividade nas terras dos ianomâmis.
A suspeita de crime de genocídio foi levantada por Dino na segunda-feira (23/1), após receber relatos da grave crise humanitária que atinge os indígenas. Ele disse que houve “omissão da alta Administração federal”. Imagens de pessoas desnutridas, contaminadas por malária, respirando com a ajuda de máscaras de oxigênio e com as costelas à mostra chocaram o Brasil no fim de semana.
Desde a semana passada, equipes do Ministério da Saúde, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e das Forças Armadas estão mobilizadas em mutirão para levar médicos, alimentos e remédios aos postos de saúde que atendem às aldeias ianomâmis.
Novo Diretor Executivo vascaíno começa a trabalhar
O subtenente da Polícia Militar Evandro Pereira foi morto a tiros no fim da madrugada…
Diretor técnico deixa a equipe após a venda da SAF do clube mineiro
Tutores de cães da raça golden retriever se reuniram neste domingo (28) no aeroporto de…
Expectativa é que os três representantes do Rio estejam no mata a mata da competição