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Política

Vereadora trans briga na justiça para assumir cadeira na Câmara do Rio

Desembargadora responsável pelo caso pediu mais tempo para analisar a questão, alegando que precisava considerar a infidelidade partidária confessada por Edson Santos

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Vereadora trans briga na justiça para assumir cadeira na Câmara do Rio (Foto: Divulgação)
Vereadora trans briga na justiça para assumir cadeira na Câmara do Rio (Foto: Divulgação)

No último dia 5 de setembro, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro foi palco de um julgamento que poderia ter marcado a história política da cidade. Em pauta estava a possível perda do cargo eletivo do vereador Edson Santos de Souza( PT) que, se confirmada, teria reconhecido Indianarae Siqueira ( PT) como a primeira representante transvestigênero na Câmara Municipal do Rio. No entanto, o julgamento foi adiado, causando uma série de debates e especulações.

A desembargadora responsável pelo caso pediu mais tempo para analisar a questão, alegando que precisava considerar a infidelidade partidária confessada por Edson Santos.

O pedido de desfiliação partidária imotivada apresentado por Indianarae Pereira Siqueira, vereadora suplente e primeira demandante do processo, alegava que Edson Santos deixou o Partido dos Trabalhadores (PT) sem justa causa, violando as regras da fidelidade partidária.

O contexto político e jurídico que envolve essa questão é complexo. Edson Santos, eleito como o terceiro suplente pelo PT no pleito de 2020, mudou de partido em 2021, filiando-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Além disso, em 2022, ele se candidatou sem sucesso ao cargo de deputado federal pelo PSB, tendo seu registro de candidatura indeferido por figurar como inelegível.

No entanto, o principal argumento da demanda é que a saída de Edson Santos do PT violou as regras de fidelidade partidária, uma vez que ele deixou o partido sem justa causa, conforme previsto na legislação eleitoral. O PT, por sua vez, alega que a filiação de Edson ao PSB ocorreu de forma sorrateira e que a decisão do partido de readmiti-lo foi tomada sem a concordância de outros filiados.

Além disso, a questão ganhou notoriedade na imprensa, com diversos veículos de comunicação noticiando o caso e alegando que Edson Santos estaria tentando burlar as regras eleitorais para manter seu mandato.

Ainda não está claro como esse caso será resolvido, mas ele levanta questões importantes sobre a fidelidade partidária, as regras eleitorais e a representação política. A decisão final do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro pode ter um impacto significativo no cenário político da cidade e abrir precedentes para casos semelhantes no futuro.

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