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Capital Fluminense

Jovens e adolescentes do Jacarezinho iniciam formação em saúde mental

Ação irá beneficiar 29 moradores da região, um mês após operação policial no local

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Favela do Jacarezinho
(Foto: Reprodução)
Favela do Jacarezinho

(Foto: Reprodução)

A partir desta segunda-feira (07), 29 moradores da região do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, com idades entre 14 a 25 anos, vão participar de encontros online do projeto “Promover Para Prevenir em Saúde Mental de Adolescentes”. Como parte da ação, os participantes já receberam do Unicef e do Movimento Saber Lidar um kit conectividade, contendo um celular com chip e recarga de dados para garantir o acesso às aulas, além de um kit socioemocional que traz materiais específicos sobre autocuidado, comunicação não violenta e um guia que poderá ser usado para promover rodas de conversas com outros jovens na comunidade.

Joana Fontoura, oficial de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes do Unicef, comenta sobre a importância de abordar a saúde mental com a juventude. “A violência armada impacta duramente a vida de crianças, adolescentes e jovens nas favelas e periferias do Rio. Além das perdas diretas vividas por muitas famílias, adolescentes e jovens têm sua saúde mental sistematicamente afetada. É essencial investir na proteção e o cuidado desses meninos e meninas por meio da promoção e do fortalecimento socioemocional”, declarou.

“Queremos trazer para os jovens do Jacarezinho a essência do projeto Promover para Prevenir em Saúde Mental de Adolescentes, que é o fortalecimento emocional por meio de rodas de conversa estruturadas que ajudam adolescentes e jovens a desenvolver estratégias para construírem ambientes e relações saudáveis”, destacou Juliana Fleury CEO Voluntária, da ASEC Brasil/Movimento Saber Lidar.

Essa ação é parte de uma iniciativa mais ampla, liderada pela Secretaria Especial da Juventude Carioca (JUVRio), que inclui também atendimento psicológico presencial aos jovens, em parceria com a Casa do Menor São Miguel Arcanjo. Os participantes foram indicados pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), LabJaca e Associação de Moradores do Jacarezinho por terem sido direta ou indiretamente afetados. Consideram-se diretamente impactados os jovens enlutados cujos amigos ou familiares estiveram dentre as vítimas da operação e indiretamente impactados aqueles que presenciaram a ação e experimentam os efeitos negativos decorrentes da exposição à violência, ao estresse e ao luto.

Secretário da JUVRio, Salvino Oliveira conta que os atendimentos psicológicos dos jovens vão começar também ainda esse mês e fala sobre a importância de auxiliar nessa situação de vulnerabilidade. “O marco de um mês da operação da Polícia Civil do RJ que deixou 28 mortos no Jacarezinho não vai passar em branco para os jovens e adolescentes que foram direta ou indiretamente impactados. É urgente promover ferramentas que ajudem estes jovens a desenvolver habilidades e fortalecimento emocional para mitigar o ocorrido. O curso de saúde mental e a assistência psicológica gratuita são algumas das ferramentas que encontramos para proporcionar isso à juventude do Jacarezinho”, relatou.

Ajuda ao Jacarezinho

(Foto: Bernardo Cordeiro/Divulgação)

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