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Capital Fluminense

Tia denuncia cunhado que estaria abusando da própria enteada de 13 anos

Menina seria vítima de estupros por parte do padrasto há pelo menos cinco anos

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Uma adolescente de 13 anos esteve nesta terça-feira (13) no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, para se submeter a um exame de corpo de delito. Segundo o relato feito pela tia da menina para reportagem da Super Rádio Tupi, a jovem estaria sendo vítima de abusos por parte do próprio padrasto há pelo menos nove anos.

A menina teria revelado os abusos para tia, após passarem o último final de semana juntas. “Ele [o padrasto] nunca a deixou sair. Ela sempre ficou dentro de casa, sem poder ir para lugar nenhum, mas esse fim de semana ela passou na minha casa. Não sei que milagre aconteceu que ele permitiu. Na hora de ir embora, minha sobrinha disse: ‘tia, não quero ir embora, quero morar com a senhora’. Isso ela falou chorando. Então, resolvi perguntar o por quê desta recusa, quis saber se estava acontecendo alguma coisa. Perguntei se a mãe dela ou o padrasto estavam batendo nela, e ela respondeu: ‘não tia, não quero ir para casa porque meu padrasto me estupra'”, declarou.

Ainda de acordo com a tia da adolescente, a mãe seria conivente com a situação. “Minha irmã, em nenhum momento, parou para conversar com a própria filha. para ouvir a história. A todo momento ela fala que é mentira da menina, que ela está rebelde. Realmente, minha sobrinha mudou da água para o vinho. Ela era uma garota tranquila, hoje em dia ela está agitada”, afirmou.

Abusos podem ter começado ainda aos 4 anos

A tia também falou que, antes mesmos da sobrinha revelar os abusos para ela, já existiam suspeitas envolvendo a relação do padrasto com a garota. “Quando ela tinha quatro anos, minha falecida mãe é que tomava conta dela. Em um determinado dia, ela estava dando banho na minha sobrinha, que reclamou de uma ardência na hora de lavar as partes íntimas. Nisso, minha mãe encostou ela e falou: ‘por que esta ardendo? Conta para vovó o que está acontecendo’. Foi aí que ela relatou que o padrasto tocava nas partes íntimas dela”, relembrou.

Porém, segundo a tia da menina, ninguém acreditou na denúncia na época. “Por minha mãe beber, as pessoas não levaram fé na história. Mas eu fiquei com aquilo na cabeça e passei a sempre observar”, disse.

Preocupação com o futuro

Após a revelação feita pela sobrinha, a tia procurou na última segunda-feira (12), junto com a jovem, a Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam) do Tanque, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, para denunciar o caso. Lá, elas foram orientadas a fazerem o corpo de delito para tentar reunir provas contra o padrasto.

Porém, mesmo após registrar a ocorrência, a tia segue aflita com o que pode acontecer daqui para frente. “Como ela vai voltar para casa com um estuprador lá? Eu tenho mais duas sobrinhas, irmãs dela e filhas dele. Quem faz isso com enteada, pode fazer com as próprias filhas também. Essa é minha preocupação, esse é o meu desespero”, desabafou.

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