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Política

Eduardo Paes vira réu por suposto direcionamento na licitação em construções das Olimpíadas de 2016

Ministério Público aponta desvios de pelo menos R$ 119 milhões nas obras do Complexo de Deodoro

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(Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes virou réu na Justiça Federal por falsidade ideológica, fraude em licitação e corrupção passiva. A denúncia é referente a um suposto direcionamento na licitação pra construção do Complexo Esportivo de Deodoro, equipamento construído pela Prefeitura do Rio para abrigar as Olimpíadas em 2016.

Com a decisão pelo recebimento da ação penal, o ex-prefeito e os outros acusados vão passar a responder por esses crimes e terão que apresentar defesa no caso. O processo será tranmitado pela juíza federal Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal do Rio. Dentre os outros alvos estão integrantes da Empresa Municipal de Urbanização do Rio (RioUrbe) à época, incluindo seu então presidente Armando Queiroga Júnior, empreiteiros da OAS e da Queiroz Galvão, envolvidas na obra.

A acusação, movida pelo procurador Fernando Aguiar, do Ministério Público Federal do Rio, apresenta relatório de auditoria que identificou desvios de pelo menos R$ 119 milhões na obra, cujo valor total era R$ 647 milhões. Segundo a denúncia, o então prefeito Eduardo Paes atuou diretamente para fraudar a licitação e direcioná-la à empresa Queiroz Galvão. Os fatos investigados chegaram a ser alvo de uma operação da Polícia Federal em 2016, batizada de Operação Bota-Fora.

Em sua delação premiada, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro relatou que foi chamado por Paes a uma reunião na qual o então prefeito solicitou que a empreiteira formasse um consórcio com a Queiroz Galvão para vencer a licitação. O objetivo do pedido, segundo a acusação, era permitir que a Queiroz Galvão utilizasse o atestado de capacidade técnica da OAS para poder tocar a obra do Complexo Esportivo de Deodoro.

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