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‘Eu fui infeliz nas palavras’, disse pastora após discurso racista e homofóbico

Se condenada, Karla Cordeiro, representante da igreja, pode pegar de três a cinco anos de prisão pelo crime de intolerância qualificada

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Na imagem, Karla Cordeiro na igreja
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Na imagem, Karla Cordeiro na igreja

Polícia abre inquérito contra pastora que faz pregação com discurso racista e homofóbico (Reprodução)

Uma pastora de uma igreja evangélica de Nova Friburgo, na Região Serrana, é investigada por discriminação racial e homofobia, após a repercussão de uma pregação na qual pede para que os fiéis parem de postar “coisa de gente preta, de gay”. Karla Cordeiro diz que é um absurdo cristãos levantarem bandeiras de grupos ativistas negros e LGBTQIA+. “É um absurdo pessoas cristãs levantando bandeiras políticas, bandeiras de pessoas pretas, bandeiras de LGBTQIA+, sei lá quantos símbolos tem isso aí. É uma vergonha, desculpa falar, mas chega de mentiras, eu não vou viver mais de mentiras. É uma vergonha. A nossa bandeira é Jeová Nissi. É Jesus Cristo. Ele é a nossa bandeira”.

A pastora ainda acrescenta: “Para de querer ficar postando coisa de gente preta, de gay, para! Posta palavra de Deus que transforma vidas. Vira crente, se transforma, se converta.”

Assista o vídeo:

Por meio de nota, Karla pediu desculpas e disse que foi “infeliz nas palavras escolhidas”. “Eu sou Karla Cordeiro e venho, atraves desta nota, pedir desculpas pelos termos que usei em minha palestra proferida no último sábado. Eu, na verdade, fui infeliz nas palavras escolhidas e quero afirmar que não possuo nenhum tipo de preconceito contra pessoas de outras raças, inclusive meu próprio pastor é negro, e nem contra pessoas com orientações sexuais diferentes da minha, pois sou próxima de várias pessoas que fazem parte do movimento LGBTQIA+”, diz o comunicado.

“A minha intenção era de afirmar a necessidade de focarmos em Jesus Cristo e reproduzirmos seus ensinamentos, amando os necessitados e os carentes, principalmente, as pessoas que estão sofrendo na pandemia. Fui descuidada na forma como falei e estou aqui pedindo desculpas”, continua.

“Ressalto também que as palavras que utilizei não expressam as opiniões do meu pastor, nem da minha igreja”, finaliza a nota.

Se condenada, a pastora pode pegar de três a cinco anos de prisão pelo crime de intolerância qualificada, como explica o delegado Henrique Pessoa. “De tal modo que a pena é de 3 a 5 anos com circunstâncias qualificadoras por ter sido feita em mídias sociais e através da imprensa. De tal modo que já foi instaurado inquérito policial pelo crime de intolerância racial e homofóbica, de acordo com a recente previsão do STF”.

 

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