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Patrulhando a Cidade

Família faz duras críticas às autoridades após morte de menino: “A culpa é de quem tá sentado lá”

Kauê, de 12 anos, foi baleado na cabeça durante uma operação da PM no Complexo do Chapadão

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O jovem de 12 anos vendia balas e sonhava em se tornar jogador de futebol para poder ajudar os pais financeiramente
(Foto: Reprodução)

Nesta segunda-feira, será enterrado no cemitério de Olinda, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, o corpo do adolescente Kauê Ribeiro dos Santos, de apenas 12 anos de idade. Ele foi morto no último sábado, após ser atingido por um tiro de fuzil na cabeça.

De acordo com familiares, Kauê vendia balas e estava voltando para casa após mais um dia de trabalho. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o menino conta que seu maior sonho era se tornar jogador de futebol para poder ajudar os pais financeiramente.

 

A dona de casa Nadia dos Santos, de 42 anos, tia de Kauê, não poupou críticas ao Governo e fez um duro desabafo após perder mais um membro da família.

Apesar de baleado por policiais, a tia de Kauê não culpa a polícia pela morte do sobrinho.

Moradora do Morro do Chapadão, na Zona Norte há tantos anos, Nadia concorda com os últimos investimentos na segurança pública, mas questiona o mesmo investimento na área de educação.

Apesar de nota oficial da polícia militar informando que o menor teria envolvimento com o tráfico, Nadia nega e lembra ainda que o sonho de se tornar um jogador de futebol, incentivado por um projeto social da própria comunidade foi interrompido truculenta da polícia.

Por meio de nota, a Polícia Militar disse que, na ocasião, entrou na comunidade para checar uma denuncia de roubo de carga, quando bandidos armados atiraram contra as equipes. Ainda segundo a PM, Kauê teria envolvimento com o tráfico de drogas. A família, no entanto, nega a versão dada pela polícia. O caso está sendo investigado pela 27ª DP  (Vicente de Carvalho).

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