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Rio

Jardim Botânico do Rio promove “Manhã com abelhas sem ferrão” nas férias escolares

Programação é dirigida a crianças entre 3 e 12 anos

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Foto:Reprodução

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro promoverá, nas próximas terça (25/7) e quinta-feira (27), a “Manhã com abelhas sem ferrão”, destinada ao público infantil. Durante a atividade, conduzida pelo Serviço de Educação Ambiental (SEA), serão apresentadas curiosidades sobre as abelhas nativas sem ferrão e sua grande importância para a conservação da biodiversidade. Os educadores também abordarão a importância desse inseto na produção de alimentos. Além disso, será oferecido material didático sobre as abelhas sem ferrão às crianças. A programação é dirigida a crianças entre 3 e 12 anos.

A atividade será seguida de uma trilha até o meliponário (coleção de colmeias de abelhas sem ferrão), localizado no arboreto do Jardim Botânico. A programação terá início às 10h, na sede do SEA, ao lado da bilheteria. Para participar, é preciso fazer inscrição prévia pelo e-mail [email protected] ou tel. (21) 2274-7332. As atividades são gratuitas, havendo apenas cobrança de ingresso para o arboreto.

As abelhas sem ferrão, chamadas assim por possuírem o ferrão atrofiado, não oferecem perigo. São essenciais para a sobrevivência de uma grande parcela das plantas nativas, que incluem desde espécies de porte rasteiro até árvores de grande porte. Nas florestas brasileiras, essas abelhas são os principais agentes de transporte de pólen e fecundação de 40 a 90% das árvores.

Criado em 2016, o meliponário do Jardim Botânico do Rio abriga cerca de 25 colmeias de abelhas sem ferrão. Dentre elas, estão as espécies uruçu-amarela (Melipona mondury Smith), mandaguari-amarela (Scaptotrigona xanthotricha Moure), plebeia droryana (Plebeia droryana Friese), plebeia lucii (Plebeia lucii Moure), boca-de-sapo (Partamona helleri Friese), jataí (Tetragonisca angustula Latreille), mandaçaia (Melipona quadrifasciata anthidioides Lepeletier), iraí (Nannotrigona testaceicornis Lepeletier) e guaraipo (Melipona bicolor Lepeletier). Todas com ocorrência natural no Estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a responsável pelo Laboratório de Fitossanidade do Jardim Botânico do Rio, a engenheira agrônoma Maria Lucia Teixeira Moscatelli, um levantamento feito sobre a presença dessas abelhas na Mata Atlântica mostrou que o Estado do Rio de Janeiro aparece entre os mais ricos, com cerca de 20 espécies. Só no Jardim Botânico já foram encontradas mais de 13 espécies.

  • No Brasil, há mais de 300 espécies de abelhas sem ferrão, e estima-se que aproximadamente 100 delas estão seriamente ameaçadas de extinção. As ameaças são pela poluição do ar e das águas, eliminação das florestas, destruição dos ninhos para retirar o mel medicinal de sabor e doçura inigualáveis, ou em virtude da quebra da cadeia ecológica – afirma a pesquisadora.

Ainda segundo Maria Lucia, a fim de contribuir com a preservação das abelhas sem ferrão, o Jardim Botânico criou o meliponário.

-Além do estímulo à população das espécies, também pretendemos despertar o interesse público sobre o universo dessas grandes polinizadoras mantendo esse espaço de conhecimento para o visitante – destaca.

Serviço: “Manhã com abelhas sem ferrão”

Datas: 25 (terça-feira) e 27 (quinta-feira) de julho

Horário: 10h

Ponto de encontro: Centro de Visitantes

Rua Jardim Botânico, 1008.

Todas as atividades são gratuitas, havendo apenas a cobrança de ingresso para o arboreto.
Ingressos para o arboreto
Visitantes residentes na Área Metropolitana do Rio de Janeiro (75% desc.): R$ 18,00
Visitantes residentes no Brasil (60% desc.): R$ 29,00
Visitantes estrangeiros Mercosul (25% desc.): R$ 55,00
Visitantes estrangeiros: R$ 73,00
Crianças até 5 anos não pagam. Estudantes, pessoas com deficiência ou com mais de 60 anos têm direito a meia entrada, apresentando documento comprobatório.

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