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‘Júri popular’: Manifestação no TJRJ marca 3º dia de audiência do Caso Henry Borel

Grupo pede por Justiça pela morte do menino que aconteceu na madrugada do dia 8 de março

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‘Júri popular’: Manifestação no TJRJ marca 3º dia de audiência do Caso Henry Borel (Foto: Tatiana Campbell/ Divulgação: Super Rádio Tupi)
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‘Júri popular’: Manifestação no TJRJ marca 3º dia de audiência do Caso Henry Borel (Foto: Tatiana Campbell/ Divulgação: Super Rádio Tupi)

Uma pequena manifestação acontece na manhã desta quarta-feira (15), na porta do Tribunal de Justiça do Rio, na Região Central da cidade, onde será realizada a terceira e possível última audiência de instrução do caso Henry Borel. O grupo pede por Justiça pela morte do menino que aconteceu na madrugada do dia 8 de março. As mulheres, que seguram cartazes com dizeres como “Justiça já” e “Justiça por Henry”, questionam a omissão de Monique Medeiros. “Pedimos que não a chamem de mãe, para nós ela não se chama mãe, ela é um lixo humano. É um monstro que desprotegeu o filho, entregou o filho dela. A luxúria dela foi maior do que tudo”, disse uma das manifestantes.

Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança tinha conhecimento das agressões que o menino sofria por parte do padrasto o médico Jairinho. Monique e o ex-vereador foram presos um mês depois da morte da criança.

Após cerca de nove horas de sessão, a segunda audiência de instrução e julgamento do caso Henry Borel, marcada pela 2ª Vara Criminal da Capital, terminou por volta das 19h45 desta terça-feira (14). Ao todo, dez pessoas foram ouvidas ao longo do dia, entre testemunhas de acusação e de defesa dos réus Jairo Souza dos Santos Júnior, o Jairinho, e Monique Medeiros da Costa e Silva.

A segunda audiência de instrução e julgamento teve início ainda na manhã desta terça (14), com o depoimento de Tereza Cristina dos Santos, cabeleireira que atendeu Monique em fevereiro e presenciou uma chamada de vídeo com Henry. Na sequência, foram ouvidos: Thiago Ribeiro, que foi colega de Jairinho na Câmara dos Vereadores; Herondina de Lourdes Fernandes, tia de Jairinho e dona da casa onde o ex-vereador e Monique estavam quando foram presos; além do deputado estadual Jairo Souza Santos, o Coronel Jairo, pai de Jairinho.

O depoimento dado por Coronel Jairo, aliás, foi marcado por uma série de acusações. O parlamentar questionou o inquérito policial conduzido pelo delegado Edson Henrique Damasceno, afirmou que os laudos médicos que aprontaram as lesões em Henry são falsos e assegurou que, tanto Jairinho quanto Monique, estão sendo vítimas de uma injustiça.

Após Coronel Jairo falar por cerca de uma hora e meia, a juíza Elizabeth Machado Louro, responsável pela sessão, deu um período de pausa. A retomada da audiência ocorreu poucos minutos depois das 16h, com o depoimento da assessora Cristiane Isidoro, que trabalhou para Coronel Jairo e para Jairinho por 30 anos.

No depoimento, Cristiane deu detalhes do relacionamento do ex-vereador com a então namorada, a professora Monique Medeiros, após a morte de Henry Borel, na madrugada do dia 08 de março. Segundo a assessora, mesmo após o falecimento do menino, os dois permaneciam juntos e estava nos planos do casal terem um filho, que seria o primeiro fruto do relacionamento entre eles.

Ainda foram ouvidos durante a audiência os depoimentos de Fernanda Abidu Figueiredo, ex-companheira de Jairinho e mãe do filho mais velho dele; e Luiz Fernando Abidu, filho de Jairinho com Fernanda. Em seguida, foi a vez de Sigmar Rodrigues de Almeida, policial civil amigo de Leniel Borel, que é o pai do pequeno Henry; sucedido na fala pelo motorista Rogério Baroni, que trabalha há dez anos com a família de Jairinho.

A empregada doméstica Leila Rosângela de Souza Mattos, que trabalhava para Jairinho e Monique na época da morte do menino, foi a décima e última testemunha a falar na sessão. O depoimento dela começou poucos depois das 19h e durou aproximadamente 40 minutos.

Assim que o depoimento de Leila Rosângela terminou de ser ouvido, a juíza deu a sessão desta terça-feira por encerrada. A magistrada ainda marcou para às 09h30 desta quarta-feira (15) a retomada da audiência de instrução e julgamento do caso Henry Borel.

 

Relembre o caso

Henry Borel, filho de Monique e enteado de Jairinho, faleceu no dia 8 de março deste ano. Segundo informações da denúncia, o menino, de quatro anos de idade, teria sido vítima de torturas realizadas no apartamento do casal, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Na ocasião, o garoto foi levado ao Hospital Barra D’Or, mas já chegou sem vida ao local.

Desde de 08 de abril, Monique Medeiros e Jairinho cumprem prisão preventiva. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público pela prática de homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, eles também respondem pelos crimes de tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.

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