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Rio

Justiça nega pedido de soltura para delegada Adriana Belém

Delegada foi presa e denunciada após a Operação Calígula, que mirou uma rede de jogos de azar explorada pelo bicheiro Rogerio Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa

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Delegada Adriana Belém
Justiça nega pedido de soltura para delegada Adriana Belém

O Tribunal de Justiça do Rio negou nesta terça-feira (27), um novo pedido de soltura da delegada Adriana Belém, no processo em que a representante responde por corrupção passiva.

A delegada foi presa e denunciada após a Operação Calígula, que mirou uma rede de jogos de azar explorada pelo bicheiro Rogerio Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa, que responde na Justiça pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

Nas buscas, foram encontrados quase R$ 2 milhões na casa de Adriana. Além disso, um carro teria sido dado pela delegada ao sobrinho, pago com dinheiro vivo, caso este que está sendo investigado.

Segundo a denúncia, Belém e outros agentes públicos “solicitaram e receberam vantagens indevidas para retardar operações ou negligenciar atos de ofício, favorecendo as atividades criminosas cometidas pelo grupo”.

De acordo com o TJRJ, a solicitação para a revogação da prisão apresentado pela defesa foi negado, já que, desde maio, quando a delegada foi presa, “não surgiram fatos novos que justificassem nova análise, e os motivos que fundamentaram a custódia seguem inalterados.”

A justiça destacou ainda que as provas apresentadas indicaram caso grave de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, envolvendo a liberação de máquinas caça-níquel para os contraventores.

“Neste cenário, o juízo concluiu que o gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada, que é Delegada de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, aliados gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal expõem sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau de comprometimento exacerbado com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva (capaz de gerar vantagens que correspondem a cifras milionárias)”, explicou o juiz Bruno Rulière, que faz parte da 1ª Vara Criminal Especializada.

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