Rio
Morre a advogada Cristina Leonardo, símbolo da luta por justiça no Rio
Ativista foi voz fundamental na busca por justiça nas chacinas de 1993 e referência nacional em direitos humanos
Morreu nesta segunda-feira (20) a advogada e ativista Cristina Leonardo, uma das mais importantes defensoras dos direitos humanos no Brasil. Reconhecida pela firme atuação em casos de violência estatal, Cristina tornou-se símbolo da luta por justiça nas chacinas da Candelária e de Vigário Geral, ocorridas em 1993, no Rio de Janeiro.
As duas tragédias, que revelaram ao mundo a brutalidade das ações policiais contra moradores de rua e moradores de favelas, marcaram a história recente do país e transformaram Cristina em uma referência na defesa das vítimas da violência institucional.
Trajetória de uma defensora incansável
Ao longo de sua carreira, Cristina dedicou-se a garantir que a justiça fosse efetiva, apoiando familiares das vítimas na identificação e responsabilização de agentes públicos e na busca por reparação e indenizações do Estado — uma conquista rara em casos de crimes cometidos por autoridades.
Sua atuação combinava técnica jurídica e sensibilidade social, sendo marcada pelo compromisso com a dignidade das populações marginalizadas e o enfrentamento das desigualdades estruturais.
Legado e reconhecimento
Cristina Leonardo tornou-se um exemplo para gerações de advogados e militantes que atuam nas favelas e periferias brasileiras. Seu legado ultrapassa os tribunais, inspirando a construção de uma justiça mais humana e acessível.
A data e o local do sepultamento ainda não haviam sido informados até a publicação desta matéria.