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Política

MP diz que IABAS foi criado por grupo criminoso e afasta suspeitas sobre Crivella e Paes

Segundo o MP, o IABAS captou contratos com a administração pública e, com os valores recebidos, encaminhou a contratação dos serviços e aquisições para empresas pré-selecionadas e comandadas pelo próprio grupo

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(Foto: Diana Rogers/Super Rádio Tupi)

(Foto: Diana Rogers/Super Rádio Tupi)

Em entrevista virtual na tarde desta quinta-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil informaram que as investigações apontam para a suspeita de que o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde, o IABAS, foi criado por grupo criminoso com o falso pretexto de prestar serviços públicos na área da Saúde, sendo usado, na verdade, para centenas de crimes de peculato, cometido por servidor para benefício próprio, e lavagem de dinheiro.

Somente em contratos com a Secretaria de Saúde da capital, foram desviados mais de R$ 6 milhões, que deveriam ter sido usados em exames laboratoriais, jardinagem nas unidades de saúde, locação de veículos e manutenção predial por quatro fornecedores. De acordo com o promotor Sylvio Ferreira de Carvalho, as investigações da operação desta quinta-feira, nada têm a ver com as que apuram suspeita de fraudes na construção dos hospitais de Campanha.

Ele disse que Marcelo Crivella não tem nenhuma ligação com as fraudes que estão sendo investigadas, pois o contrato com a organização social foi encerrado na gestão do atual prefeito.

Sylvio lembrou que também não há evidencias de participação do ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes. Segundo o Ministério Público, o IABAS captou contratos com a administração pública e, com os valores recebidos, encaminhou a contratação dos serviços e aquisições para empresas pré-selecionadas comandadas pelo próprio grupo. Os desvios eram feitos através de pagamentos superfaturados ou sem contraprestação.

A lavagem do dinheiro superfaturado era feita através da simulação de empréstimos, transações financeiras e pagamentos de cheques fracionados, que tinham como destinatários finais funcionários ou parentes de dois dos investigados.   Dois cinco mandados de prisão expedidos, segundo o MPRJ, quatro já foram cumpridos. Uma pessoa permanece foragida. Os presos foram encaminhados para a Cidade da Polícia, no bairro do Jacaré, na Zona Norte do Rio.

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