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Política

‘Não é a PMERJ que tem que ser crucificada’, diz Witzel ao ser questionado sobre Ágatha Félix

Durante coletiva de imprensa no Rock in Rio, governador disse que investigação sobre menina vítima de bala perdida no Complexo do Alemão é de alçada federal

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Neste domingo, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, esteve presente em uma coletiva de imprensa no Rock in Rio para lançar um projeto. Enquanto respondia as perguntas dos jornalista, ele foi questionado sobre a resolução do caso Ágatha Félix – a menina de oito anos foi morta por uma bala perdida no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, e os parentes acusam a Polícia Militar (PMERJ) de ter feito o disparo.

Ao ser perguntado se a investigação permaneceria sem solução ou se os responsáveis seriam punidos, Witzel associou o caso ao discurso da “oposição”, que, de acordo com ele, se manifesta em partidos de esquerda.

“Eu vejo que a oposição perdeu o discurso. Eles deviam estar discutindo sobre como melhorar a educação. Estamos fazendo com a educação e a saúde algo que nunca foi feito. Assim como a segurança. Fazer palanque da morte de uma criança um palco de discussão política é uma indecência da oposição”, declarou o governador.

Ele ainda disse que a “diversidade deve ser respeitada”, mas, segundo ele, quem “embarca nessa história, dá eco a uma política perversa contra algo que está sendo bem feito”.

“A oposição não tem discurso. Os partidos de esquerda perderam o alinhamento histórico e estão desconectados com a realidade. Não é a polícia do Rio de Janeiro que tem que ser crucificada, mas sim aqueles que vendem essas armas de formas ilícitas. É contra traficantes de armas e de drogas que temos que levantar nossa bandeira”, disse o governador. “Ao invés de ir à ONU (Organização das Nações Unidas) falar do governo do Estado, convido a oposição a colocar o dedo na ferida e falar do comércio de armas e de drogas. Esses realmente são os vilões. E nós precisamos fechar a fronteira do Paraguai”.

Witzel reiterou que ele não impôs nenhum tipo de interferência nas investigações e ainda elogiou o trabalho da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, a qual classificou como a “melhor do país”. Ele disse que os traficantes do Alemão sofrem com baixas, e, por isso, ficam mais violentos; culpou o Ministério Público Federal (MPF) pela demora no processo.

“Meu papel como político é fazer que as instituições públicas funcionem. Principalmente, o MPF, que deve investigar o tráfico de armas. Fui juiz federal por 17 anos, e quem investiga o tráfico de armas e drogas é a Polícia Federal e o MPF, e nesse momento eles estão em débito com a sociedade. Os promotores federais têm que vir a público e dizer o que eles tão fazendo para impedir que essa quantidade de armas chegue ao Rio de Janeiro. Nessas pessoas que a oposição deveria focar, pois o governador faz o trabalho dele”, disse Witzel.

 

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