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Oswaldo de Oliveira, Guerrero e mais: quem são as vítimas da quadrilha acusada de desviar FGTS

Jogadores ex-Fla e Seleção Brasileira estão entre as vítimas de esquema com apoio de funcionários da Caixa

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Foto: Reprodução Atlético MG; Gilvan de Souza/Flamengo ; Redes Sociais

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (13) a 3ª fase da Operação Fake Agents, que investiga o desvio de FGTS de jogadores e treinadores de futebol. A ação tem como alvos funcionários e ex-funcionários da Caixa Econômica Federal suspeitos de facilitar saques irregulares de valores que somam cerca de R$ 7,7 milhões.

Onde ocorreram as buscas?

Os mandados foram cumpridos nos bairros da Tijuca, Ramos e Deodoro, além de uma agência da Caixa no Centro do Rio. Segundo a PF, os servidores investigados colaboravam com a advogada Joana Costa Prado de Oliveira, apontada como líder do esquema.

Ela já havia sido alvo em fases anteriores e teve sua inscrição na OAB suspensa pelo Tribunal de Ética da OAB-RJ.

Quais jogadores foram afetados?

Entre as vítimas identificadas estão atletas e técnicos de destaque no futebol brasileiro e internacional:

  • Paolo Guerrero (ex-Flamengo, Corinthians e Internacional)
  • Cueva (ex-São Paulo e Santos)
  • João Rojas (ex-São Paulo)
  • Ramires (ex-Seleção Brasileira e Chelsea)
  • Raniel (ex-Vasco e Santos)
  • Titi (Goiás, ex-Vasco)
  • Juninho (ex-Botafogo)
  • Gabriel Jesus (Arsenal e Seleção Brasileira)
  • Donatti (ex-Flamengo e Fluminense)
  • Obina (ex-Flamengo)
  • Oswaldo de Oliveira (técnico, ex-Flamengo e Corinthians)
  • Luiz Felipe Scolari (Felipão), campeão mundial em 2002
A advogada Joana Prado de Oliveira — Foto: Reprodução

Como funcionava o esquema?

De acordo com a investigação, Joana Prado usava sua proximidade com o meio esportivo — atuou no Botafogo e no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio — para conquistar a confiança de atletas e técnicos.

Ela operava de duas formas:

  • Como advogada, retinha valores de FGTS e indenizações sob o pretexto de que ainda não haviam sido liberados.
  • De forma fraudulenta, utilizava dados de atletas sem vínculo para abrir contas falsas e sacar os valores, com a ajuda de funcionários da Caixa.

Casos que revelaram o desvio

A fraude veio à tona após o técnico Oswaldo de Oliveira denunciar o desvio de cerca de R$ 3 milhões referentes a ações contra Corinthians e Fluminense. Em outro caso, o zagueiro Titi descobriu retiradas irregulares ao consultar seu saldo do FGTS.

O primeiro indício da PF surgiu quando um banco privado alertou sobre a abertura suspeita de uma conta em nome de Paolo Guerrero, com prejuízo estimado em R$ 2,2 milhões.

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FGTS – Créditos: depositphotos.com / BrendaRochaBlossom

Quais crimes são investigados?

A operação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF no Rio, com apoio da área de inteligência da Caixa. Os investigados podem responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa.

O que diz a defesa da advogada?

A defesa de Joana Costa Prado de Oliveira nega qualquer envolvimento e afirma que ela também foi vítima de um golpe. Segundo nota enviada, os valores investigados seriam fruto de “acordos judiciais legítimos”, e a cliente “jamais se beneficiou de forma ilícita de contas de FGTS de terceiros”.

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