Agentes da Polícia Federal cumprem mandados de busca e apreensão em gabinetes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio. Os agentes chegaram ao Palácio Tiradentes, no Centro do Rio por volta das 6h30 da manhã desta sexta-feira.
A informação é que as buscas estariam sendo realizadas no gabinete do presidente da casa, André Ceciliano, do PT. Nesta sexta, a Polícia Federal deflagrou mais uma etapa da operação que investiga supostos desvios na área da saúde do estado.
A operação, batizada de Tris in Idem, é desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do Executivo fluminense. O nome da operação é uma referência ao fato de se tratar do terceiro governador do estado que se utiliza de esquemas ilícitos semelhantes para obter vantagens indevidas.
Segundo apurado pelos investigadores, a partir da eleição de Wilson Witzel, estruturou-se no âmbito do governo estadual uma organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
Por causa dos fatos investigados, o Superior Tribunal de Justiça determinou ainda o afastamento de Wilson Witzel do cargo por 180 dias. Em nota, Wilson Witzel afirmou que recebeu com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade.
Ainda segundo a defesa do governador recém afastado, os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis. Os mandados estão sendo cumpridos no Palácio Laranjeiras, no Palácio Guanabara, na residência do vice-governador, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, além de outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e no Distrito Federal.
Também está sendo alvo de busca e apreensão um endereço no Uruguai, local onde estaria um dos investigados cuja prisão preventiva foi decretada.
Veja a nota oficial da Alerj sobre a operação
“O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano, está acompanhando os desdobramentos da Operação Tris in Idem e seus impactos na governança do Estado do Rio de Janeiro.
Ceciliano desconhece as razões da busca e apreensão em seus gabinetes no prédio da Rua da Alfândega e no anexo, mas está tranquilo em relação à medida. Ele pôs à disposição dos agentes da PF seu gabinete no Palácio Tiradentes, que não estava incluído no mandado.
Ceciliano reitera a sua confiança na Justiça e afirma que está pronto a colaborar com as autoridades e a contribuir com a superação desse grave momento que, mais uma vez, o Rio de Janeiro atravessa. Ele também colocou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à disposição das autoridades.”
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