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Rio

Polícia investiga mais um caso de racismo na praia de Copacabana

Esse já é o terceiro caso de racismo somente essa semana no Rio

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A Policia Militar abriu uma investigação interna para apurar a conduta de militares envolvidos na abordagem de um jovem negro, na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, que teria acontecido na última quarta-feira (21).

Um vídeo registrado por outros homens que acompanhavam o rapaz circulam nas redes sociais denunciando que houve racismo na ação dos PMs.

De acordo com os agentes, a investigação é relacionada, inicialmente, à técnica de abordagem utilizada. Nas imagens um policial é visto pedindo os documentos do jovem, que ao levantar para pegá-los, é empurrado para o lugar onde estava sentado. Em seguida, o militar diz que não havia dado ordem para que ele ficasse de pé e, enquanto o homem tenta se explicar o agente pede para que não encoste nele. O policial começa a xingar o rapaz e uma discussão se inicia entre os dois.

No vídeo é possível ouvir os outros rapazes se queixando da abordagem, afirmando que já teria sido a segunda vez. Eles também relatam que um suspeito havia cometido um roubo há poucos minutos, mas nada teria sido feitos pelas equipes do BPTur. Com as reclamações do grupo, o PM empunha a arma e avisa para eles não se aproximarem, senão atiraria.

Os jovens ainda ressaltam que não são criminosos e xingam o policial, que diz que vai “resolver o problema” do homem.

Esse já é o terceiro caso de racismo somente essa semana no Rio.

No último domingo (18), uma mulher de Foz do Iguaçu foi presa em flagrante pelo crime de injúria racial contra uma funcionária, que é negra, no restaurante Mãe Joana, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Essa confusão aconteceu no domingo e foi flagrada em vídeos por clientes que estavam no local.

Em outro endereço de Copacabana, a dona de uma loja de bijuterias foi presa em flagrante pelo crime de injúria racial contra a cliente Laura Brito, depois de achar que Laura fosse roubar alguma mercadoria e a expulsou do local aos gritos, jogando, inclusive, o celular dela no chão.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), foram registrados 1.365 casos de injúria por preconceito no ano passado, no estado do Rio de Janeiro. O número representa um aumento de 14,9% em comparação com 2020, quando foram registradas 1.188 ocorrências.

O serviço 1746 da Prefeitura do Rio tem um canal exclusivo para receber denúncias de preconceito religioso e étnico-racial.

Após a comunicação dos casos, eles devem ser encaminhados em até 10 dias para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Para denunciar, o cidadão pode abrir uma solicitação no portal 1746.Rio ou pelo aplicativo, Whatsapp, telefone, Facebook ou presencialmente na agência do serviço que fica na sede da Prefeitura do Rio (saiba mais no fim da reportagem), informando o nome, telefone, e onde e quando a situação ocorreu, além da possibilidade de dar mais detalhes sobre o ocorrido.

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