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Capital Fluminense

Portal dos Procurados divulga cartaz para localizar chefes de torcidas organizadas foragidos

Contra Anderson Clemente da Silva, de 43 anos, presidente da Raça Rubro-Negra, Fabiano de Sousa Marques, de 42, da Força Jovem do Vasco, Bruno da Silva Paulino, de 40, da Torcida Jovem do Flamengo e Anderson Azevedo Dias, de 36 anos, presidente da Young Flu, foram expedidos mandados de prisão temporária a pedido da Polícia Civil

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O Disque Denúncia divulgou nesta quarta-feira (29) um cartaz pedindo informações que levem à localização de quatro chefes de torcidas organizadas do Rio de Janeiro. Todos são considerados foragidos da Justiça. São eles:

  • Anderson Clemente da Silva, o “Macula”, de 43 anos – presidente da Raça Rubro-Negra;
  • Fabiano de Sousa Marques, de 42 anos – presidente Força Jovem do Vasco;
  • Bruno da Silva Paulino, de 40 anos – presidente da Torcida Jovem do Flamengo; e
  • Anderson Azevedo Dias, de 36 anos – presidente da Young Flu.

O presidente da Raça Rubro-Negra, o “Macula”, chegou a ser preso em 2014, suspeito de envolvimento na morte de um torcedor do Botafogo em 2012.

Contra os quatro chefes de torcida, foi expedido um mandado de prisão temporária a pedido da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

A decisão aconteceu após o início da investigação que apura a prática de organização criminosa, lesão corporal, dano ao patrimônio público e privado e demais crimes do Estatuto do Torcedor, em atos violentos ocorridos antes do clássico entre Flamengo e Vasco, no Maracanã, no dia 5 de março.

As brigas generalizadas deixaram um torcedor morto e dez feridos nos arredores do estádio.

“A gravidade dos crimes praticados, os bens jurídicos violados e o desvalor das condutas supostamente perpetradas pelos Indiciados conduzem à adoção de enérgicas providências por parte do Poder Judiciário, devendo ser ressaltado que a liberdade dos representados pode obstaculizar a colheita de provas e, ainda, colocar em risco a vida ou a integridade física das testemunhas”, escreveu a juíza Ana Beatriz Estrella na decisão do Plantão Judiciário, no dia 13 de março.

O pedido de prisão contra Anderson Azevedo Dias, presidente da Young Flu, que não tem relação com a confusão no clássico, foi feito para evitar possíveis brigas que possam acontecer nas finais do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Fluminense, nos dias 1º e 9 de abril.

Torcidas estão proibidas por cinco anos

Ainda como desdobramento das brigas entre torcedores, o juiz Bruno Vaccari Manfrenatti, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, determinou a proibição das torcidas organizadas Raça Rubro-Negra, Jovem Fla, Força Jovem do Vasco e Young Flu de estarem nos arredores de estádios por cinco anos.

Contra outros 16 investigados também foram expedidas medidas cautelares, como apresentação em Juízo para justificativa das atividades bimestralmente; proibição de deixar o estado sem autorização judicial; impossibilidade de contato entre si; afastamento de praças esportivas de 5 km em dias de jogos; e monitoramento eletrônico para fiscalização do afastamento.

MP é contra prisão de chefes de torcidas

O Ministério Público do Rio foi contra o mandado de prisão expedido pela Justiça e pediu o indeferimento da decisão, alegando fragilidade das provas contra os torcedores.

“Trata-se de representação pela decretação da prisão temporária para apurar os delitos do Estatuto do Torcedor, organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio. Compulsando os autos, não consta qualquer elemento indiciário acerca da autoria delitiva, mas tão somente a representação formulada pela autoridade policial. Dessa forma, oficia o MP pelo indeferimento do pleito em razão da fragilidade dos elementos informativos”, diz o texto.

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