Portela pode ser tombada como bem imaterial do Rio

A escola de Samba Portela pode ser tombada como um dos bens do município do Rio. O projeto que visa essa homenagem foi aprovado na tarde de hoje na Câmara Municipal, em segunda e última discussão.  O prefeito Eduardo Paes tem agora 15 dias para vetar ou não o projeto.

De autoria da vereadora Vera Lins (Progressista), a medida buscar tombar a agremiação por seu valor histórico e sócio-cultural, com a finalidade de preservar a cultura do samba, da música e da história da cidade do Rio. O projeto tem como co-autores os vereadores. Cesar Maia, Reimont, Celso Costa, DR. Marcos Paulo, Chico Alencar e Tainá de Paula.

A Portela detém o posto de maior campeã do carnaval do Rio de Janeiro com 22 títulos, e dentre suas grandes conquistas podemos destacar um heptacampeonato um tetracampeonato, respectivamente entre 1941-1947 e 1957-1960.

 “A Portela é carinhosamente chamada de “A Majestade do Samba” e forma, juntamente com a Deixa Falar e a Mangueira, a tríade das escolas fundadoras do carnaval carioca, sendo um grande celeiro de compositores”, disse Vera.

Fundada oficialmente como um bloco carnavalesco em 11 de abril de 1923, quando era conhecido como Conjunto Oswaldo Cruz, em referência ao bairro da Zona Norte de mesmo nome. Nesse mesmo ano teve a criação do bloco “Baianinhas de Oswaldo Cruz”, que já contava com nomes de peso em sua primeira diretoria, como: Paulo da Portela, Alcides Dias Lopes, Heitor dos Prazeres, Antônio Caetano, Antônio Rufino, Manuel Bam Bam Bam e Natalino José do Nascimento.

A quadra da Portela recebe milhares de visitantes de todo o país e do exterior, sendo assim considerada como um dos grandes pontos culturais do Rio de Janeiro. Sua bateria é conhecida carinhosamente como “Tabajara do Samba”, e é uma das mais respeitadas entre as demais agremiações.