Conecte-se conosco

Rio

Prefeitura apresenta à Comissão de Transportes mudanças de linhas de ônibus

Na ocasião, foram apresentadas 72 mudanças nos itinerários de ônibus

Publicado

em

Ônibus do Consórcio Intersul
(Foto: Bruno Pires/Ônibus Brasil)
Ônibus do Consórcio Intersul

Ônibus do Consórcio Intersul – Foto: Bruno Pires/Ônibus Brasil

O sistema de transporte público é um dos maiores desafios da cidade do Rio de Janeiro, que tem se deparado com o sumiço de linhas que deixaram de atender à população.  Para debater a situação, a Comissão de Transportes e Trânsito da Câmara Municipal do Rio se reuniu nesta sexta-feira (17), em audiência pública, com a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, e técnicos da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR).

Na ocasião, foram apresentadas 72 mudanças nos itinerários de ônibus operados pelos consórcios Santa Cruz, Transcarioca, Internorte e Intersul.

Em sua apresentação, Maína Celidonio apontou para a redução da demanda, agravada por causa da Covid-19. De acordo com a secretária, houve uma redução de cerca de 52% da demanda em relação ao período pré-pandemia, com apenas 40% da frota em operação durante a crise.

“De um total de 493 linhas, 174 ficaram inoperantes, e 212 rodaram abaixo de uma performance adequada”, contabilizou a gestora. Das linhas inoperantes, 31% são da responsabilidade do consórcio Santa Cruz, 27% do Transcarioca, 25% do Internorte e 17% do Intersul.

O presidente e o vice-presidente do colegiado, vereadores Alexandre Isquierdo (DEM) e Felipe Michel (PP),  destacaram o estudo contratado pela Casa junto à Coppe/UFRJ, para fazer uma análise completa do sistema de transporte por ônibus na cidade. O trabalho vai avaliar a política tarifária e o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de prestação de serviço.

“O objetivo é mergulhar nas entranhas das empresas que pedem recuperação judicial e encontrar soluções para o transporte público da cidade”, ressaltou Isquierdo. Para Michel, o estudo será estratégico. “Ele vai ajudar o Poder Executivo na tomada de decisão e resgatar o transporte público da cidade. É isso que a população espera”, concluiu.

A secretária ainda falou sobre a revisão estrutural do modelo de gestão, com a implantação da bilhetagem eletrônica, e sobre a revisão conjuntural, com a atualização do cadastro da rede do Sistema de Transporte Público por ônibus (SPPO) e modernização da base de dados da secretaria, que deverá ser concluída até o fim deste ano.

Na atualização cadastral, os técnicos da pasta estão revisando os itinerários realizados pelas linhas e a frota determinada por consórcio, e identificando as linhas prioritárias. No aprimoramento da qualidade do serviço, será implementado um plano de revitalização e ampliação de corredores de BRS e do projeto piloto de informação ao usuário por meio  de QR Code até o fim deste ano. “O usuário poderá consultar a linha e o horário que passa em determinado ponto”.

Mudanças de itinerários

Segundo a SMTR, na área do consórcio de Santa Cruz, as alterações nas linhas 801, SN803, 838 e SV866 têm como objetivo melhorar a conexão com o BRT; já na área do Internorte, as alterações da Linha 327 atendem a uma demanda da UFRJ, com melhorias do atendimento da Cidade Universitária e integração com o BRT.

No Transcarioca, uma das principais mudanças está na Linha 940, que irá melhorar o atendimento com alcance nos pontos do Carioca Shopping e Atacadão, e promoção de mais conectividade como outros modais de transporte público, como o metrô. No Intersul estão sendo feitas oito atualizações, incluindo alterações na Rua Bela, provocadas por obras de implantação do BRT Transbrasil.

Integrante do colegiado, o vereador Luiz Ramos Filho (PMN) questionou sobre a possibilidade de extinção de linhas, de acordo com matéria veiculada hoje pela imprensa. De acordo com o subsecretário de Planejamento Bernardo Serra, existem na secretaria pedidos de suspensão temporária de linhas por causa da pandemia, mas que estas estão sendo analisadas por técnicos da área.

A veiculação da matéria preocupou o parlamentar, que acredita na possibilidade de se ofertar transporte digno à população. “As empresas podem ter seus lucros, mas com a entrega de um produto de qualidade ao cidadão, sem ônibus caindo aos pedaços”, ressaltou.

 

 

Continue lendo