Quadrilha que movimentou mais de R$ 2 milhões em fraudes é alvo da polícia
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Quadrilha que movimentou mais de R$ 2 milhões em fraudes é alvo da polícia

A ação acontece no Rio de Janeiro e no estado do Mato Grosso, onde são cumpridos 27 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão

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Organização que movimentou mais de R$ 2 milhões em fraudes é alvo da polícia. Foto: Divulgação/PCERJ

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em ação conjunta com a Polícia Civil do Mato Grosso, deflagrou nesta terça-feira (15) a operação Reversus, que investiga uma quadrilha especializada em aplicar golpes nas redes sociais e em plataformas de venda pela internet. Até o momento, 14 suspeitos foram presos.

A ação acontece no Rio de Janeiro e no estado do Mato Grosso, onde são cumpridos 27 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão. Também foram determinados o bloqueio de contas bancárias que armazenavam um montante de 2 milhões e meio de reais.

De acordo com as investigações, o dinheiro das vítimas era enviado inicialmente para o Rio de Janeiro, dividido entre 13 contas bancárias, e depois retornava para Cuiabá, onde era novamente pulverizado em outras 11 contas.

Golpistas do Mato Grosso anunciavam a venda de carros pelo Facebook, apresentavam um intermediador, recebiam a primeira parcela do pagamento e não entregavam os veículos. Há suspeitas de que os integrantes do grupo estejam ligados ao tráfico de drogas.

Como funcionava o golpe

As investigações começaram após um caso em janeiro de 2024, em Cuiabá (MT). Uma vítima transferiu R$ 45 mil via PIX após acreditar que estava comprando um veículo anunciado no Facebook. O golpista se passou por advogado e indicou um falso intermediário para concluir a negociação.

O mentor do golpe é um detento da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, condenado a mais de 40 anos por homicídio, tráfico e roubo. Já o responsável pelo anúncio falso teve prisão decretada em Teresina (PI).

Esquema de movimentação do dinheiro

Grande parte dos valores foi rastreada até uma mulher que vive em um condomínio de luxo. Ela já foi condenada por fraudes em Minas Gerais e é viúva de um criminoso executado na fronteira com a Bolívia, cujo corpo e carro foram incendiados.

A quadrilha agia com organização e divisão de tarefas, dificultando o rastreamento dos valores. Os golpes ocorreram de forma contínua entre 2023 e 2024, gerando prejuízos superiores a R$ 800 mil.