Quase 20 pessoas desaparecem por dia no Rio

O Rio de Janeiro se prepara para meses intensos de circulação, com Réveillon, férias escolares, verão e Carnaval movimentando milhões de pessoas. Em meio a esse cenário, um dado preocupa: somente nos primeiros meses de 2024, 2.533 pessoas desapareceram no estado, segundo o Instituto de Segurança Pública, uma média de 16 casos por dia.

As situações de risco atingem especialmente crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, grupos mais vulneráveis em locais com grande fluxo. Para aumentar a proteção, a Câmara Municipal do Rio aprovou um projeto que cria pulseiras de identificação gratuitas nesses espaços. Os vereadores derrubaram o veto do prefeito Eduardo Paes e garantiram que a medida seja adotada em praias, parques e eventos organizados pela Prefeitura.

A autora do projeto, a vereadora Thais Ferreira (PSOL), afirmou que a iniciativa pode fazer diferença justamente em ambientes lotados, como Réveillon, Carnaval e outras celebrações populares.

Segundo a vereadora, a proposta “garante a oferta gratuita de pulseiras de identificação nas praias, nos parques e em grandes eventos onde a Prefeitura atua no ordenamento público”. Ela destacou ainda que, embora simples, a medida tem grande impacto:

“A identificação é uma forma de cuidado. Com uma pulseira, a gente fortalece a solidariedade e a corresponsabilidade coletiva, tornando a cidade um espaço mais seguro e acolhedor para crianças, idosos, pessoas com deficiência e qualquer cidadão que precise de apoio.”

Thais Ferreira reforçou que a pulseira é uma tecnologia de baixo custo e alto impacto, capaz de ajudar a evitar desaparecimentos, agilizar atendimentos e identificar rapidamente quem necessita de atenção prioritária em meio às multidões.

Agora, o texto segue para promulgação pelo presidente da Câmara, Carlo Caiado. Após essa etapa, a nova lei passa a valer. A expectativa é que os pontos de distribuição das pulseiras sejam amplamente divulgados, garantindo que toda a população possa acessar o serviço.