"Vítimas somos nós", diz sogra de jovem morta na Linha Amarela
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Sogra de jovem morta em tiroteio na Linha Amarela desabafa: “Vítimas somos nós”

Ações violentas marcam semana no Rio de Janeiro após megaoperação policial com mais de 120 mortos.

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O Rio de Janeiro viveu uma semana marcada por uma série de episódios violentos e ações do crime organizado em diferentes regiões da cidade. Após a megaoperação policial que resultou na morte de quatro agentes e 117 suspeitos nos complexos da Penha e do Alemão, novos casos de violência chocaram a população.

Em Senador Camará, traficantes mataram a adolescente Lanna Cristina, de 13 anos, com um tiro na boca. Já em Jacarepaguá, na quinta-feira (30), criminosos armaram uma emboscada e fuzilaram o carro de uma família, deixando uma criança de 11 anos, a mãe e o pai gravemente feridos. Todos permanecem internados.

Na sexta-feira (31), traficantes do Complexo da Maré entraram em confronto e balearam Bárbara Borges, de 28 anos, que estava em um carro de aplicativo na Linha Amarela. A jovem não resistiu.

O Governo do Estado divulgou o perfil dos mortos na megaoperação da última terça-feira. Segundo a Polícia Civil, mais de 95% dos identificados tinham ligação com o Comando Vermelho, e 54% eram de fora do Rio de Janeiro.

Após os confrontos na Penha, a violência continuou a deixar rastro de medo e luto. Moradores relatam a sensação de viver sitiados e com medo de sair de casa.

Andreia Assis, sogra da bancária Bárbara Borges, desabafou sobre o clima de insegurança vivido pelos cariocas:

“Vítimas somos nós que não podemos sair de casa. Vítimas somos nós que, só de uma moto encostar do teu lado, já trememos. […] De você sair de casa já nesse estresse de não saber se vai voltar. Nós somos vítimas.”

O depoimento de Andreia traduz o sentimento de revolta e impotência de muitas famílias atingidas pela violência no Rio de Janeiro.

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