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Sindicato dos Garis aceita acordo e decide acabar com a greve no Rio

Audiência de conciliação tinha terminado sem acordo, mas categoria se reuniu na porta do TRT-RJ e decidiu terminar com a paralisação

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Sindicato dos Garis aceita acordo e decide acabar com a greve no Rio
Sindicato dos Garis aceita acordo e decide acabar com a greve no Rio (Foto: Camila Moraes/ Divulgação: Super Rádio Tupi)
Sindicato dos Garis aceita acordo e decide acabar com a greve no Rio

Sindicato dos Garis aceita acordo e decide acabar com a greve no Rio (Foto: Camila Moraes/ Divulgação: Super Rádio Tupi)

O Sindicatos dos trabalhadores que representa os garis voltou atrás nesta quinta-feira (7), e decidiu acabar com a greve no Rio. Durante assembleia no Tribunal Regional do Trabalho, no Centro do Rio, a categoria decidiu aceitar a proposta de reajuste salarial da Comlurb e aumento percentual do tiquete alimentação, que passou de 3% para 6% a partir de março.

Uma audiência marcada mais cedo tinha terminado sem acordo.

O acordo firmado durante a audiência oferece um reajuste acumulado de, aproximadamente, 10% ao longo de 2022. A proposta deveria ser por um aumento de 6 % em março, 2% em agosto e mais um percentual que poderia chegar a 2% em novembro (mês esse que faz parte da data-base do serviço público-municipal).

A diferença que existe entre essa proposta e a última que foi rejeitada pela categoria acontece, principalmente, no valor de aumento no vale alimentação, que ultrapassou de 3% para 6 % de reajuste. Além disso, outro ponto que foi alterado teve ligação com o abono ou não nos dias que aconteceram a greve.

Sobre esse assunto, a Comlurb considerou 11 dias de paralisação e desconsiderou a suspensão da greve pelo sindicato durante os dias de chuva forte na cidade.

“Eu acho que houve um grande avanço e acredito que se nessa assembleia nós não conseguimos aprovar junto aos trabalhadores essa proposta a questão pode ir a dissídio (decisão judicial). E se for a dissidio, com certeza, o prejuízo desses trabalhadores será muito maior. Então é preciso que a gente tenha muita cautela na explanação de toda essa audiência e a contra-proposta que a Comlurb apresentou. O sindicato entende que, diante de um julgamento de dissidio, é bem melhor que essa proposta seja aceita”, explicou Gilberro Cesar de Alencar, vice-presidente do sindicato que representa os garis, ao G1.

Para que a greve termine, o acordo formalizado em conjunto pelo Ministério Público do Rio e a Comlurb, durante a audiência de conciliação, precisará ser aprovada pela assembleia dos trabalhadores.

Confira a proposta debatida na audiência:

– Reajuste salarial de 6% agora (março), 2% em agosto e cerca de 2% (de acordo com o reajuste do Município) em novembro;

–  Reajuste de 6% no tíquete alimentação;

–  A Comlurb mantém benefícios e cláusulas sociais já existentes no Acordo Coletivo;

–  Adicional de Insalubridade para apas em 20% retroativo a janeiro 2022;

–  Conclusão do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS), retroativo a janeiro de 2022;

–  Compensação de 5 dias de greve e a penalização dos outros 6 dias;

–  Pagamento de PLR.

A greve dos funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb) vem provocando reflexos pelas ruas da capital fluminense. A reportagem da Super Rádio Tupi percorreu o bairro de Magalhães Bastos, na Zona Oeste, e constatou que a situação não é diferente da do restante da cidade.

Segundo moradores, desde o último sábado (02), não é feita uma coleta completa na região. A maior preocupação é que esse lixo acumulado nas calçadas possa acarretar em enchentes na área, em caso de possíveis chuvas, conforme relatou o garçom Guilherme Rukop.

Em nota, a Comlurb disse que essa decisão é coerente em favor da categoria e da cidade e que ainda aguarda a formalização oficial do fim da greve, para que as partes comuniquem ao Tribunal Regional do Trabalho que o acordo foi definitivamente selado. A companhia também aguarda o retorno dos garis ao trabalho em sua integridade.

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