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Educação

Alunos da rede municipal vão à colônia de pescadores receber aula de Educação Ambiental 

Projeto Águas da Guanabara tem como principal objetivo realizar a limpeza da Baía de Guanabara

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(Foto: Divulgação / FEPERJ)

Alunos do colégio Municipal Amaral Peixoto, no bairro do Lindo Parque, São Gonçalo, na Região Metropolitana tiveram uma aula diferente. Cerca de 20 crianças foram levadas até a Praia das Pedrinhas, para realização do projeto de Educação Ambiental, juntamente aos bolsistas e pescadores do projeto Águas da Guanabara.

No local foram ministradas diversas palestras sobre as áreas que são trabalhadas no projeto, como Direito, Biologia, Veterinária, Geografia.  Os tópicos abordados foram: o papel do Médico Veterinário no setor de Alimentos, Tecnologia de Alimentos, Produtos de Origem Animal, Microrganismos e Bactérias, Armazenamento, Zoonose.

Cada bolsista e pescador explicou o que faz e como faz, pescadores mostraram como jogam a rede e como ainda vem lixo mesmo na parte rasada praia. Os alunos também tiveram um tempo para fazerem perguntas e tirar dúvidas.

A bolsista do projeto e estudante de direito, Maria Heloísa do Rosário, falou sobre a decomposição de materiais não orgânicos e como o descarte indevido desses materiais em rios e mares afetam os ecossistemas, por conta da mortalidade dos animais e plantas causada pela poluição.

“Dos materiais que são mais encontrados e coletados pelos pescadores, decidi falar com os alunos sobre o tempo de decomposição daqueles que eles têm mais acesso e utilizam no seu dia a dia, como, plásticos, garrafas pet, borracha, vidro e isopor. Os alunos não sabiam, por exemplo, que o plástico é decomposto entre 400 a 450 anos, a borracha o tempo é indeterminado, assim como o vidro e o isopor levam cerca de 400 anos, eles ficaram bastante impactados com essas informações”, explicou ela.

O Projeto Águas da Guanabara tem como principal objetivo realizar a limpeza da Baía de Guanabara ajudando assim, na melhora das condições de trabalho dos pescadores. Nos mais de 10 meses de atuação o projeto já retirou das encostas e dos mangues da baía mais de 800 toneladas de lixo flutuante. Muito do lixo que a baía recebe vem dos rios que desaguam, sendo necessária uma conscientização sobre o papel do lixo na sociedade.

Depois de escutar atentamente tudo que foi dito, os alunos ainda vivenciaram a experiência de um pescador. Tiveram a oportunidade de entrarem nos barcos de pesca juntamente com eles. E ao fim da aula, voltaram pra casa com a mochila cheia de novas experiências, e muitas informações para reflexão. Atualmente o projeto atua em São Gonçalo e Magé na Baixada Fluminense, com previsão de expansão para outras colônias em torno da baía de Guanabara.

Localizada no Estado do Rio de Janeiro a Baía é um corpo hídrico, dotado de grande importância histórica, econômica, ambiental, turística e paisagística. Atualmente a região passa por uma intensa atividade pesqueira e possui grande importância ecológica, seja por abrigar vida marítima, assim como aloca em suas margens importantes manguezais que atuam na manutenção da temperatura local.

Contando com uma equipe multidisciplinar, o grupo Águas da Guanabara, também produz material de pesquisa para trazer a luz à questão ambiental e contribuir para a discussão e preservação do meio ambiente. A FEPERJ é uma entidade federativa de âmbito estadual, que congrega as 26 Colônias de Pescadores do Estado do Rio de Janeiro.

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