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Saúde

Beber café pode ajudar na longevidade, mostra estudo inédito

Nova pesquisa mostra que o café pode fortalecer a resposta celular ao estresse.

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Beber café pode ajudar na longevidade, mostra estudo inédito
Café (Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin)

Pesquisas recentes têm revelado novas conexões entre o consumo de cafeína e o envelhecimento celular. Cientistas do Reino Unido identificaram que a cafeína pode atuar diretamente em mecanismos celulares antigos, ajudando as células a lidar melhor com o estresse e a manter suas funções vitais por mais tempo. Esse achado contribui para o entendimento de como substâncias presentes no cotidiano influenciam processos biológicos fundamentais.

O estudo, realizado em 2025, utilizou a levedura Schizosaccharomyces pombe, conhecida como levedura de fissão, para investigar como a cafeína interage com sistemas celulares conservados em humanos. Os resultados indicam que a cafeína ativa uma proteína chamada AMPK, considerada um “sensor de energia” das células, responsável por regular o metabolismo e a resposta ao estresse.

Como a cafeína influencia o envelhecimento celular?

A proteína AMPK desempenha papel central na manutenção da saúde celular. Quando ativada, ela auxilia as células a responderem a situações de baixa energia, promovendo ajustes metabólicos, reparo do DNA e controle do crescimento celular. O estudo mostrou que a cafeína é capaz de estimular essa via, fortalecendo mecanismos naturais de proteção contra danos associados ao envelhecimento.

Esse efeito não é exclusivo da cafeína. Medicamentos como a metformina, amplamente utilizados no tratamento do diabetes tipo 2, também atuam sobre a AMPK. Pesquisas anteriores já sugeriam que a metformina poderia contribuir para a longevidade, e agora a cafeína entra no foco como uma substância de interesse para estratégias de promoção da saúde celular.

Quais são os mecanismos por trás dessa ação do café?

Ao investigar os detalhes moleculares, os cientistas observaram que a ativação da AMPK pela cafeína desencadeia uma série de respostas celulares:

  • Regulação do metabolismo: As células passam a utilizar energia de forma mais eficiente.
  • Reparo do DNA: Aumenta a capacidade de corrigir danos genéticos, prevenindo mutações prejudiciais.
  • Resistência ao estresse: Melhora a resposta a situações adversas, como falta de nutrientes ou exposição a agentes tóxicos.

Esses mecanismos são essenciais para retardar o surgimento de doenças relacionadas à idade, como câncer, diabetes e enfermidades neurodegenerativas. O fato de a via AMPK ser altamente conservada entre diferentes espécies reforça a relevância dos achados para a saúde humana.

Beber café pode ajudar na longevidade, mostra estudo inédito
Café (Créditos: depositphotos.com / [email protected])

O café pode ser considerado um aliado da longevidade?

Embora os resultados em leveduras sejam promissores, ainda são necessários estudos em humanos para confirmar os benefícios da cafeína sobre o envelhecimento celular. No entanto, a descoberta de que a cafeína ativa sistemas celulares antigos e fundamentais abre caminho para novas pesquisas sobre dietas, hábitos de vida e medicamentos que possam potencializar a ação da AMPK.

Além do café, outras fontes de cafeína, como chá e alguns refrigerantes, podem exercer efeitos semelhantes. É importante lembrar que o consumo deve ser moderado, já que doses elevadas podem trazer efeitos adversos. Pesquisadores seguem investigando como ajustar a ingestão de cafeína para maximizar seus possíveis benefícios à saúde sem riscos adicionais.

O que as descobertas recentes indicam para o futuro?

O avanço no entendimento dos efeitos da cafeína sobre a AMPK e o envelhecimento celular representa um passo importante para a biologia do envelhecimento. Essas informações podem orientar o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas, tanto por meio de medicamentos quanto de intervenções nutricionais. A possibilidade de modular sistemas celulares tão antigos e conservados sugere que pequenas mudanças no estilo de vida podem ter impactos significativos na saúde ao longo dos anos.

Com o aprofundamento das pesquisas, espera-se identificar estratégias seguras e eficazes para promover a longevidade saudável, aproveitando o potencial de substâncias já presentes no cotidiano, como a cafeína. O estudo reforça a importância de compreender os mecanismos biológicos por trás de hábitos comuns e seu papel na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar.