Saúde
Doença causada pelo celular é real e pode estar por trás do seu mal-estar diário
Veja como evitar o ciberenjoo e melhorar seu bem-estar.
O hábito de usar o celular por longos períodos nas redes sociais e em outros ambientes digitais tornou-se comum nos últimos anos. Com a popularização dos smartphones e o acesso facilitado à internet, muitas pessoas passam horas conectadas, consumindo diferentes tipos de conteúdo. No entanto, essa prática pode trazer consequências inesperadas para a saúde, indo além do simples cansaço visual.
Entre os efeitos menos conhecidos desse comportamento está a chamada ciberenjoo, também conhecida como cybersickness. Trata-se de uma condição que vem sendo estudada por especialistas e que está relacionada ao uso excessivo de dispositivos digitais. O fenômeno ganhou destaque nos últimos anos, especialmente com o aumento do tempo de tela durante a pandemia e a expansão das tecnologias de realidade virtual.
O que é ciberenjoo causado pelo uso de celular?
A expressão ciberenjoo refere-se a um conjunto de sintomas físicos que podem surgir após o uso prolongado de aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets e computadores. Entre os principais sinais estão tontura, náusea, dor de cabeça e desconforto visual. O termo é uma junção das palavras “ciber”, relacionada ao universo digital, e “enjoo”, em referência ao mal-estar semelhante ao sentido em viagens de carro ou barco.
Esse quadro pode afetar pessoas de diferentes idades, mas é mais frequente em quem utiliza tecnologias imersivas, como óculos de realidade virtual. No entanto, o uso intenso de redes sociais e a exposição constante a vídeos e imagens em movimento também podem desencadear os sintomas. O ciberenjoo é resultado de um conflito entre as informações recebidas pelos olhos e pelo sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio do corpo.
Quais são as causas do uso excessivo do celular?
O cybersickness pode ser provocado por diversos fatores. Um dos principais é a diferença entre o que os olhos percebem e o que o corpo sente. Por exemplo, ao assistir a vídeos com muitos movimentos ou ao navegar rapidamente por feeds de redes sociais, o cérebro recebe sinais contraditórios, o que pode causar desconforto.
- Movimentos rápidos de tela: Trocas constantes de imagens e rolagem acelerada podem confundir o cérebro.
- Exposição prolongada: Ficar muito tempo diante de telas aumenta o risco de sintomas.
- Uso de realidade virtual: Ambientes virtuais imersivos intensificam o conflito sensorial.
- Brilho e contraste elevados: Configurações inadequadas de tela também contribuem para o problema.
Além disso, fatores individuais, como predisposição genética, idade e histórico de enjoos em meios de transporte, podem influenciar a intensidade dos sintomas.

Como identificar e prevenir o ciberenjoo?
Reconhecer os sinais do ciberenjoo é fundamental para evitar complicações. Os sintomas mais comuns incluem tontura, sensação de desequilíbrio, náusea, fadiga ocular e, em alguns casos, sudorese. Em situações mais graves, pode haver dificuldade de concentração e mal-estar prolongado mesmo após desligar o dispositivo.
- Faça pausas regulares: Interrompa o uso de telas a cada 30 ou 60 minutos.
- Ajuste o brilho e o contraste: Deixe a tela confortável para os olhos.
- Evite ambientes muito escuros: A iluminação adequada reduz o esforço visual.
- Reduza a velocidade de rolagem: Navegue de forma mais lenta para minimizar o conflito sensorial.
- Prefira conteúdos estáticos: Dê preferência a textos e imagens fixas em vez de vídeos acelerados.
Se os sintomas persistirem, é recomendável buscar orientação médica. Profissionais de saúde podem indicar tratamentos ou adaptações no uso de tecnologias para minimizar o desconforto.
O cybersickness pode afetar a qualidade de vida?
O ciberenjoo pode impactar diretamente a rotina de quem depende de dispositivos digitais para estudar, trabalhar ou se comunicar. A presença frequente dos sintomas pode levar à redução da produtividade, dificuldades de concentração e até ao afastamento temporário de atividades online. Por isso, é importante adotar hábitos saudáveis no uso da tecnologia e estar atento aos sinais do corpo.
Com o avanço das pesquisas, novas estratégias vêm sendo desenvolvidas para prevenir e tratar o cybersickness. Ajustes em softwares, melhorias em dispositivos e campanhas de conscientização ajudam a reduzir a incidência do problema. Manter o equilíbrio entre o mundo digital e o offline é essencial para preservar o bem-estar físico e mental em 2025.