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Brasil

Saúde mental é tão importante quanto o salário para 4 a cada 5 pessoas, aponta pesquisa

Levantamento foi realizado pela empresa Gympass e entrevistou 9 mil brasileiros

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Saúde mental é tão importante quanto o salário para 4 a cada 5 pessoas, aponta pesquisa
Saúde mental é tão importante quanto o salário para 4 a cada 5 pessoas, aponta pesquisa (Foto: Divulgação)

O número de pedidos de demissão bateu recorde no Brasil em 2022, último ano da pandemia de covid-19 no país. Após meses de isolamento social devido ao coronavírus e o medo constante provocado pela pandemia, muitos trabalhadores optaram por dar preferência à saúde mental e deixar o trabalho desgastante para trás. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Gympass com 9 mil profissionais, 4 a cada 5 entrevistados disseram que o bem-estar é tão importante quanto o salário. Ainda segundo o levantamento, 20% dos trabalhadores classificam o próprio bem-estar como “poderia melhorar”, “ruim” ou “muito ruim”.

Para a psicóloga Thalita Martignoni, a qualidade de vida no trabalho está muito além do salário, que é um fator importante, mas engloba também outros critérios, como condições físicas, oportunidade de crescimento, justiça e clareza nas regras, compatibilidade de valores e até mesmo a responsabilidade social da empresa e sua reputação. Afinal, o trabalho constitui parte da nossa identidade.

Psicóloga Thalita Martignoni
Psicóloga Thalita Martignoni (Foto: Divulgação)

Hoje, um dos fatores prioritários na hora de escolher um bom emprego é o elo entre profissional e espaço total de vida. A intensificação das demandas, redução de equipes de trabalho, comunicação aberta em grupos de whatsapp, mostram que a gestão do estresse laboral é um fator complexo. Por exemplo, a síndrome de burnout atualmente é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), não mais como um problema do indivíduo, mas uma situação de estresse mal gerenciado pelo ambiente de trabalho.

Para Martignoni, a qualidade do ambiente faz toda diferença na nossa saúde mental. “O chefe que atua como fiscal, que monitora, critica e cobra o funcionário o tempo todo, não reconhece o seu esforço, faz comparações diante de outras pessoas torna o ambiente tóxico e pesado, configurando um fator de risco à saúde do funcionário”, diz. Thalita finaliza dizendo que para ter uma verdadeira mudança, as empresas precisam se adequar. “Elas devem buscar estabelecer um clima mais humanista, em que o encorajamento, apoio e senso de equipe dão lugar a esse modelo autoritário e ultrapassado, pois este em vez de aumentar a produtividade, adoece e mina a moral dos trabalhadores”, afirma.

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