Saúde
Você pode estar trocando a felicidade real por curtidas e notificações e nem percebeu
Entenda como o excesso de dopamina está afetando seu foco e prazer diário.
No mundo contemporâneo, a dopamina é reconhecida como o neurotransmissor que promove sensações de recompensa e prazer, desempenhando um papel crucial na motivação para conquistas e atividades gratificantes. Contudo, em meio à hiperconectividade atual, a busca incessante por estímulos de dopamina acaba por impactar a capacidade de apreciar pequenas satisfações diárias.
Como a busca por dopamina afeta nosso cérebro?
Pequenas doses de dopamina são liberadas a cada notificação de celular, curtida em redes sociais ou episódio de uma nova série. Isso faz com que o cérebro busque constantemente gratificações rápidas, reduzindo o prazer em atividades simples do cotidiano e tornando o foco mais difícil de ser mantido.
O ciclo de recompensas instantâneas leva à valorização de estímulos intensos, desfavorecendo o esforço contínuo e a atenção em tarefas prolongadas.

Entenda como se desenvolve o vício
O sistema responsável pela liberação de dopamina foi originalmente estruturado para recompensar comportamentos fundamentais para a sobrevivência, como comer e socializar. No entanto, estímulos modernos e artificiais promovem ativações excessivas desse sistema, especialmente por meio de plataformas digitais.
Ao realizar ações como adicionar itens ao carrinho online ou receber “likes”, o cérebro se habitua a esses estímulos, tornando-se menos responsivo a prazeres naturais e menos intensos.
Quais são os principais efeitos do excesso?
Quando há consumo exagerado de dopamina, o resultado é uma diminuição da capacidade de concentração e apreciação de experiências cotidianas. Além disso, podem surgir sintomas emocionais negativos, que impactam o bem-estar e a motivação.
A seguir, veja os principais efeitos negativos observados quando se busca estímulos de dopamina em excesso:
- Dificuldade de concentração: Estímulos rápidos tornam o cérebro impaciente com atividades longas.
- Ansiedade e irritação: Sensações negativas podem aparecer em intervalos entre estímulos.
- Sensação de desinteresse: Fica difícil apreciar coisas simples diante da busca por recompensas mais intensas.
No vídeo a seguir, o Dr Rafael Gratta fala um pouco sobre o vício em Dopamina:
@rafaelgrattap Compartilha com alguém que essa informação pode ajudar e que vai entrar na jornada com você se abster de prazeres imediatos sem esforço por um tempo! Para esclarecer, o termo jejum de dopamina não se refere a ficar “sem dopamina” (isso é impossível). É apenas uma forma de simplificar a ideia de se abster de prazeres imediatos sem esforço por um tempo. Mas que prazeres, Rafa? Aí é você quem vai saber: álcool, excesso de calorias, p0rnogr4fia, fumo ou seja lá o que você sabe que está te atrapalhando e desregulando sua motivação. Mais Foco e Menos Ansiedade 🙏 Para quem quer saber, as roupas são da @insiderstore cupom GRATTA para desconto. #saúdemental #foco #dopamina #ansiedade #neurociência ♬ som original – Rafael Gratta
Como é possível reequilibrar o sistema de dopamina?
A boa notícia é que pequenas mudanças de hábito podem ajudar a reeducar o cérebro, promovendo um uso mais equilibrado da dopamina. Práticas simples auxiliam a mente a redescobrir satisfação em atividades menos imediatas e mais significativas.
Entre as estratégias mais indicadas estão o chamado detox de dopamina, a valorização de recompensas demoradas e o foco em tarefas únicas, como mostra a lista abaixo:
- Implementar o detox de dopamina: Reduzir o tempo de tela auxilia na adaptação cerebral.
- Valorizar recompensas demoradas: Praticar leitura ou caminhadas reforça o prazer gradual.
- Focar em tarefas únicas: Evitar multitarefas restaura o foco e o prazer natural.
O objetivo não é eliminar a dopamina, mas aprender a utilizá-la de forma mais saudável. Assim, é possível retomar o prazer em pequenas conquistas e processos lentos, resgatando a satisfação em experiências realmente significativas.