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Sentinelas 15:55h

Endividamento de clínicas de diálise provoca apreensão em pacientes

Confira o que foi destaque no Sentinelas da Tupi Especial desta terça-feira

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Endividamento de clínicas de diálise provoca apreensão em pacientes (Foto: Rafaela Lima/ Super Rádio Tupi)
Endividamento de clínicas de diálise provoca apreensão em pacientes (Foto: Rafaela Lima/ Super Rádio Tupi)

As clínicas particulares de diálise que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde estão endividadas e aguardam o reajuste da tabela do SUS, previsto para acontecer ainda este ano. Mas, há um grande temor de que este repasse não seja suficiente para cobrir além dos gastos, o reajuste do novo piso da categoria de enfermagem, o que pode agravar ainda mais a situação dessas clínicas levando, inclusive, ao fechamento definitivo de dezenas ou centenas delas em todo o país.

O governo federal possui, atualmente, R$ 7,3 bilhões para que, além das clínicas e entidades filantrópicas, os municípios custeiem localmente o novo piso da enfermagem, de acordo com a portaria 597 do Ministério da Saúde. Entidades setoriais alegam que o valor é insuficiente e mal calculado e, por isso, há uma grande insegurança no setor para custear o novo piso da enfermagem sem saber o exato valor que será repassado pela União às clínicas.

É o que o presidente da Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante, Yussif Ali Mére Júnior, relata.

Ao todo, são cerca de oitocentas clínicas privadas que prestam serviços ao SUS no atendimento renal crônico, e que atendem quase 150 mil pessoas nessa condição, através de convênios com o governo federal.

Segundo Mére Junior, com a dívida contraída pelas clínicas, fica difícil oferecer um serviço de qualidade.

Ainda segundo Mére Júnior, com a mudança, as clínicas vão ter que procurar cada gestor municipal ou estadual para informar os custos que já possuem com o seu quadro de funcionários e saber se de fato será viável o aumento previsto para os profissionais da enfermagem, já que hoje a tabela SUS da Diálise está defasada em quarenta por cento.

A situação também não favorece os pacientes que ficam sem o atendimento necessário. Alexandre Lenin descobriu ser doente renal há dezesseis anos, na época ele tinha vinte e três. Hoje, Alexandre é Presidente da Associação dos Doentes Renais e Transplantados do Estado do Rio e faz um apelo às autoridades.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que constituiu um comitê para monitorar e atender as diferentes demandas relacionadas ao repasse de recursos federais em apoio à implementação do piso.

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