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Cultura

100 anos do Rádio: a alegria de ser Tupi o tempo todo e em todos os cantos

A história da Rádio Tupi facilmente se confunde com a história do rádio brasileiro. Nas mãos de seu criador, Assis, a Tupi ganhou vida, exclusividade e um patamar invejável no cenário da radiodifusão no país.

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Imagem: Carlos Junior / Super Rádio Tupi

7 de Setembro de 1922. Essa foi a data da primeira vez em que houve uma transmissão radiofônica no país. O motivo era a divulgação do discurso do presidente da época, Epitácio Pessoa, que comemorava o Centenário da Independência do Brasil. A fala chegou a ser transmitida para receptores de alguns municípios, tais como Niterói, Petrópolis e São Paulo. Tudo isso por conta de uma antena, instalada no alto do Morro do Corcovado. É, dessa maneira, que a história do Rádio no país se inicia.

Conhecida como o primeiro veículo radiofônico do Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, chamada, somente, de Rádio Sociedade, foi fundada em 20 de abril de 1923. O objetivo, de um de seus idealizadores – o professor e cientista Edgar Roquette Pinto -, era de que a Rádio Sociedade fosse um veículo mais educativo e cultural. Sem nenhum tipo de incentivo governamental, a radiodifusora foi fundada com o apoio de cientistas e intelectuais do Rio de Janeiro. Hoje, a Rádio Sociedade é conhecida como Rádio MEC, vinculada ao Governo Federal. O veículo precursor do rádio no Brasil vai completar 99 anos, em setembro. 

Quase dois anos depois da criação da Rádio Sociedade, diversas outras frequências começaram a surgir, por todo o Brasil, tais como a Rádio Roquette-Pinto, a Rádio Sociedade Educadora, a Rádio Clube do Brasil e a Rádio Bandeirantes, no Sudeste; a Rádio Sociedade da Bahia e a Rádio do Maranhão, no nordeste; e a Rádio Clube Paranaense e a Rádio Sociedade Gaúcha, no Sul, por exemplo.

Pouco tempo depois, grandes veículos de radiodifusão, no Brasil, foram criados: a Rádio Tupi e a Rádio Nacional. Seguidas da Rádio Sociedade do Rio, elas representam quase nove décadas de história. Fundada em 22 de setembro de 1935, a Rádio Tupi, ou Super Rádio Tupi, foi a primeira emissora de rádio dos Diários Associados – propriedade do empresário Assis Chateaubriand, conhecido por trazer a Televisão ao Brasil. 

A história da Rádio Tupi facilmente se confunde com a história do rádio brasileiro. Nas mãos de seu criador, Assis, a Tupi ganhou vida, exclusividade e um patamar invejável no cenário da radiodifusão no país. Foi, graças a Assis Chateaubriand, que a televisão no Brasil foi inaugurada, em 18 de setembro de 1950, com a TV Tupi de São Paulo – a primeira emissora brasileira e a primeira da América do Sul. 

A Rádio Tupi vai comemorar, em setembro, 87 anos de existência. Quase um ano depois, a Rádio Nacional entrava no ar. Criada em 12 de Setembro de 1936, o veículo fez e faz parte de momentos relevantes da história do país, como a inauguração de Brasília como um distrito do Brasil, por exemplo. A Rádio Nacional vai completar 86 anos. 

A Alegria de ser Tupi há 8 décadas

Desde a madrugada, a Tupi conta com nomes consagrados no rádio brasileiro, como Alexandre Ferreira, Garcia Duarte e Mario Belisário. No período da manhã, é impossível encontrar alguém que nunca tenha sido despertado por Antonio Carlos e Clóvis Monteiro. 

Até nomes consagrados da TV se renderam a magia do rádio, como é o caso da nossa comunicadora Isabele Benito. Os debates do Francisco Barbosa são uma atração à parte. Às 12h, a Patrulha da Cidade conta os fatos policiais de maneira única, estando no ar há 62 anos. 

A “Super Tarde Tupi” também não fica para trás. A programação começa com, nada mais, nada menos, que a consagrada comunicadora Cidinha Campos. Às 15h, Heleno Rotay conversa com a dona de casa e traz sempre uma “palavra amiga”. Em seguida, os bordões marcantes anunciam a chegada de Washington Rodrigues, o Apolinho. 

Quando chega a noite, o ouvinte da Tupi segue bem informado com Edilson Silva, que comanda o Radar Tupi. Às 20h, o Cristiano Santos chega com o seu programa. Mas não para por aí! O torcedor carioca já sabe. O melhor noticiário dos Clubes Cariocas está no Giro Esportivo, com Wagner Menezes. 

A Seleção Brasileira do Rádio ainda conta com grandes estrelas do rádio, como José Carlos Araújo, Luiz Penido, Gilson Ricardo, Gerson, o “Canhotinha de Ouro”, Jota Santiago, Dé, O Aranha, Rubem Leão. O fim de semana da Tupi também é Super. E conta com o talento e a irreverência de Roberto Canázio. O samba tem vez e voz na Tupi, com Valéria Marques, Carlinhos de Jesus e Marcus Vinicius, o Mr. Bean.

A Super Rádio do Brasil é comandada por Josemar Gimenez, presidente da Tupi, por Tuffy Habib, vice-presidente de negócios, e por Marcus Di Giacomo, diretor artístico. Cem anos de histórias, cem anos de realização. O rádio, um dos veículos de comunicação do país com maior tempo de existência, ao contrário do que diziam no passado, não tem perspectiva de ser finalizado. O objetivo, agora, é chegar ao Bicentenário.  

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