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Carnaval

Aos 79 anos, morre o sambista Dominguinhos do Estácio

Compositor colecionou uma legião de fãs apaixonadas por sua voz inconfundível

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Foto preto e branco de Dominguinhos.
Foto: (Reprodução/ Instagram)

Após ficar 20 dias internado, o intérprete Dominguinhos do Estácio, de 79 anos, morreu na noite deste domingo (30). O cantor estava internado no Hospital Azevedo Lima, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, desde o 11 de maio. O compositor deixa 5 filhos.

O sambista foi submetido a uma cirurgia de emergência após sofrer uma hemorragia cerebral. Após quatro horas, ele foi encaminhado para o CTI, onde chegou a apresentar uma melhora no quadro de saúde.

No 18 de maio, o cantor precisou ser sedado por conta de uma mudança no seu estado de saúde. Dois dias depois, Dominguinhos foi intubado para tentar melhorar o quadro respiratório. A informação da morte do intérprete foi confirmada por meio de nota oficial da equipe do artista.

“É com muita tristeza que viemos através dessa rede social comunicar o falecimento do nosso querido mestre, Dominguinhos do Estácio. O mesmo seguia internado desde o dia 11 de maio em decorrência de complicações em seu quadro de saúde e na noite do dia 30 o cantor e intérprete Dominguinhos do Estácio veio a óbito. Que nossa senhora de Nazaré o receba de braços abertos. Desejamos nossos pêsames a todos os amigos e familiares.”

Trajetória 

Domingos da Costa Ferreira, mais conhecido como Dominguinhos do Estácio, nasceu no dia 4 de agosto de 1941. Ele começou sua trajetória no carnaval na escola Unidos de São Carlos, no final dos anos 60, quando era compositor e cantor.

O sambista teve passagens marcantes pela Imperatriz Leopoldinense, Grande Rio, Estácio de Sá e Viradouro, última escola com a qual desfilou em 2020. Ele é uma das vozes mais marcantes do carnaval carioca, ao lado de Neguinho da Beija-Flor e dos saudosos Jamelão, da Estação Primeira de Mangueira, e de Aroldo Melodia, da União da Ilha.

Dominguinhos foi intérprete de grandes desfiles campeões como “O quê que a Bahia tem?” e “O teu cabelo não nega” (1980 e 1981 pela Imperatriz Leopoldinense), “Paulicéia Desvairada – 70 anos de Modernismo” (1992 pela Estácio de Sá) e “Trevas! Luz! A explosão do universo” (1997 pela Viradouro).

O campeonato mais marcante da sua carreira foi “Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós!”, pela Imperatriz Leopoldinense em 1989, com notas 10 em todos os quesitos. O samba-enredo virou abertura da novela “Lado a Lado”, da TV Globo. No total, ele levantou a taça de campeão 5 vezes.

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