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Arena que cabe nas mãos: Conheça o Gaming Parque, projeto social em eSports que utiliza dispositivos móveis

Favela da Rocinha é a sede do projeto que capacita jovens em games, além de oferecer gratuitamente cursos profissionalizantes na área

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Arena que cabe nas mãos: Conheça o Gaming Parque, projeto social em eSports que utiliza dispositivos móveis
Arena que cabe nas mãos: Conheça o Gaming Parque, projeto social em eSports que utiliza dispositivos móveis

O celular, ferramenta mais democrática na prática de games, é dispositivo do projeto social Gaming Parque – hub de atividades que usa o mobile para capacitar jovens atletas em eSports. As arenas cabem nas mãos dos jogadores e há uma sede para receber os jovens na maior comunidade da América Latina, a Rocinha, na Zona sul do Rio de Janeiro.

A iniciativa e coordenação geral é da medalhista olímpica pioneira nas areias e quadras de vôlei, Adriana Samuel, que possui uma experiência de mais de 17 anos em projetos sociais, atuando em modalidades esportivas como o vôlei, judô e atletismo. A iniciativa é uma parceria com a empresa Light e tem a curadoria técnica de Thiago Milhazes, diretor comercial da plataforma de entretenimento gamer, Final Level Co.

“O game é uma realidade onde a maioria dos jovens estão inseridos. O objetivo é apresentar mais recursos e monitoria para eles atuarem nesse mercado que desponta cada vez mais. Esse projeto é muito especial também, porque oferecemos cursos complementares, que abrem oportunidades para capacitar os jovens em um cenário com muita demanda de pessoas qualificadas. O esporte salva. Mesmo que não se torne um atleta, quem pratica esporte seja virtual ou não, aprende a lidar melhor com o coletivo, com frustações e a correr atrás dos sonhos,” diz Adriana Samuel.

O espaço recebe 80 jovens players de 8 a 17 anos, que moram na comunidade e possuem frequência escolar. Além de sala para livestreaming e espaços de treinos, o Gaming Parque conta com monitores e instrutores, e vai proporcionar cursos de inglês, programação de jogos e design gráfico.

“O projeto, que trará aulas de Free Fire, Clash Royale e Brawl Stars, é super inovador e democrático. Por utilizarmos o celular como ferramenta de capacitação, os jovens poderão treinar em qualquer hora e lugar. Além de toda a estrutura pensada para a formação atletas, o Gaming Parque disponibiliza também todo aporte necessário para que os jovens realizem transmissões, e possam futuramente se tornar grandes streamers.” conta Thiago Milhazes.

Um dos objetivos do projeto Gaming Parque é formar dois Squads com quatro alunos cada, que se destacarem nos jogos para apoiá-los em futuras competições.

Brasil é o país líder em consumo de games na América Latina, ocupando o 4º lugar no ranking entre países do mundo que mais baixam jogos em mobile, um total de 10 bilhões de downloads em aparelhos móveis, segundo a pesquisa State of Mobile 2022, da companhia App Annie. O mercado de games cresce a cada ano, apenas em 2021, a indústria movimentou mais de 1 bilhão de dólares no mundo. Até 2024, a empresa prevê que o público alcance a marca de 577,2 milhões, segundo dados da Newzoo, principal fonte de dados do setor.

Conheça os personagens:

Adriana Samuel

É uma das pioneiras no vôlei de praia feminino do Brasil e também em medalha olímpica feminina, tendo conquistado a histórica medalha de prata em Atlanta, em 96. Hoje, ela é empreendedora e gestora de patrocínio esportivo, trabalhando com nomes consagrados nas Olimpíadas e Paraolimpíadas. Adriana Samuel acredita no poder transformador dos esportes para a formação do cidadão de maneira prática, por isso também se dedica a coordenar 5 projetos esportivos de inclusão social, sendo o mais novo dedicado aos e-sports: o Gaming Parque.

Natasha Luz tem 14 anos, é nascida e criada na Rocinha. Ela é daquelas que aproveita todas as oportunidades que chegam, faz parte do Gaming Parque e de outros projetos, porque sonha alto. Sobre os games, ainda não decidiu se vai seguir carreira ou não, mas não descarta a possibilidade. Vôlei ou e-sport? Ela ainda está dividida, mas por enquanto vai apreendendo tudo o que ela pode.

“Eu gosto de esportes, mas ainda não sei qual é o meu favorito. Ainda quero testar o que eu posso fazer com os games, porque eu já gosto de jogar por brincadeira.”

Francisco Dairon Nascimento tem 14 anos, nasceu no Ceará e veio com a mãe para o Rio de Janeiro morar na Rocinha. Falar de games com a mãe não foi nada fácil, já o pai mais “moderno” sempre apoiou. Agora a família já conhece o projeto, sabe que é sério e não atrapalha os estudos.

“Eu quero ser um streamer, já sigo alguns como Aegys, Gaules, Nobru e sonho em um dia ser como eles, o projeto é uma oportunidade para alcançar meus objetivos.”

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