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Brasil

Bolsonaro homenageia militar premiada pela ONU por defesa de gênero

Comandante Marcia Andrade Braga atuou em missões no exterior

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(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Agência Brasil – O presidente Jair Bolsonaro entregou nesta sexta-feira a Medalha da Vitória, do Ministério da Defesa, à comandante Marcia Andrade Braga, capitão de Corveta da Marinha do Brasil. Ela é membro da Missão de Paz das Nações Unidas na República Centro-Africana (Minusca) e, em março, recebeu o prêmio de Defensora Militar da Igualdade de Gênero da Organização das Nações Unidas (ONU), por seu trabalho realizado como assessora militar de gênero na missão.

“A missão tem uma série de situações complexas, ambiente hostil, não tem o conforto, tem a questão da segurança, distância da família. Mas o foco maior é desenvolver o trabalho, porque, estando ali, a gente sente a dificuldade que aquelas pessoas sentem. A ONU simboliza esperança e liberdade para as pessoas, então a gente se sente na obrigação de fazer algo”, disse a comandante Marcia.

A missão foi iniciada em abril de 2014 para proteger os civis da República Centro-Africana da violenta guerra civil no país. Atuando na missão de paz desde abril de 2018, a comandante Marcia ajudou a construir uma rede de assessores treinados para questões de gênero dentro das unidades militares.

Segundo Marcia, seu principal objetivo é a proteção civil e a prevenção de violações, usando a perspectiva de gênero para entender como o conflito afeta cada um dos grupos, principalmente mulheres e crianças, “que são o maior alvo das violações na República Centro-Africana”.

O trabalho desenvolvido ao longo do último ano buscou o engajamento com as comunidades locais. A interação facilita, por exemplo, denúncias de casos de violência e abuso sexual, à medida em que há maior abertura para o diálogo. Além de aumentar a presença da missão, as equipes ajudaram a desenvolver projetos que podem aumentar a segurança, como a instalação de bombas de água perto de vilarejos, sistemas de energia solar e o desenvolvimento de jardins comunitários.

“Se eu tenho mulheres que estão muito expostas, porque estão indo a plantações muito longe, algumas vezes 10 quilômetros, então, pensando que são pessoas deslocadas por causa do conflito, nós desenvolvemos hortas comunitárias perto das casas. É uma forma de diminuir essa exposição às violações”, explicou.

O trabalho da comandante na missão termina no final deste mês.

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