Conecte-se conosco

Últimas Notícias

Brasil é o segundo maior país do mundo em extensão florestal

Dados do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal apontam que se o país chegar a 20 milhões de hectares em concessão de florestas, o PIB seria aumentado em R$ 3,3 bilhões gerando uma arrecadação de impostos da ordem de R$ 250 milhões

Publicado

em

Brasil é o segundo maior país do mundo em extensão florestal (Foto: Divulgação)
Brasil é o segundo maior país do mundo em extensão florestal (Foto: Divulgação)

O Brasil conta com mais de 450 milhões de hectares de floresta, o segundo país no mundo em extensão florestal. No entanto, representa apenas 6% do suprimento industrial de madeira. O restante vem de floresta plantada No Brasil, há 1,4 milhão de hectares em área concedida pelo estado ou pela União.

Dados do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal apontam que se o país chegar a 20 milhões de hectares em concessão de florestas, o PIB seria aumentado em R$ 3,3 bilhões gerando uma arrecadação de impostos da ordem de R$ 250 milhões, com a geração de mais de 170 mil empregos e um valor da produção em 2030 equivalente a R$ 6,3 bilhões.
“Dentre os gargalos do setor florestal estão a falta de linha de crédito para um setor competitivo e que mantém a floresta de pé e a a confusão entre quem produz legalmente a madeira e os grupos criminosos que promovem o desmatamento ilegal”, destaca o presidente Fórum Nacional da Base Florestal (FNBF), Frank Rogieri, que em março estará à frente do evento ‘Madeira Sustentável: O Futuro do Mercado’, uma iniciativa do Fórum e acontece no dia 15 de março no Rio de Janeiro e do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem).


“A nossa madeira é oriunda do manejo florestal sustentável, contribui efetivamente para a preservação e conservação das florestas brasileiras, respeitando a fauna, a flora e preservando nossas águas”, enumera o presidente da FNBF. “A confusão do desmatamento ilegal com manejo florestal sustentável leva muitos profissionais da área de arquitetura, urbanismo, engenharia a não indicarem o uso da madeira nos projetos para não contribuir com o desmatamento da Floresta Amazônica, e isso não tem nada a ver. O nosso setor é uma das molas propulsoras, um dos pilares da manutenção, da conservação das florestas, por meio do manejo florestal sustentável”, destaca Frank Rogieri, lembrando que o tema estará na pauta do G 20, que também será realizado no Brasil em novembro.


O G20 tem como foco temas áridos relacionados à estabilidade econômica, financeira e monetária. No entanto, questões da agenda climática estão entrando com mais força na pauta de discussões. Financiamento climático, aceleração da transição para economia de baixo carbono, bioeconomia são assuntos que serão debatidos ao longo do ano no Brasil.
No Pará, o manejo gera 90 mil empregos diretos e indiretos, que atendem a uma demanda anual de 6 milhões de m³ e gera US$ 200 milhões em exportações, principalmente para os Estados Unidos e para a Europa, especialmente França, Países Baixos e Portugal.

Produção sustentável

A produção sustentável de madeira consiste no manejo florestal realizado de forma a respeitar a legislação e garantir a preservação ambiental. Como exemplo, no estado de Mato Grosso, há mais de 520 empresas que atuam em 4,7 milhões de hectares (área superior aos estados de Alagoas e Sergipe e equivalente ao Rio de Janeiro). O manejo florestal pode ser feito em áreas privadas ou concedidas pelo Poder Público, estadual ou federal.

O Brasil conta com mais de 450 milhões de hectares de floresta, o segundo país no mundo em extensão florestal. No entanto, representa apenas 6% do suprimento industrial de madeira. O restante vem de floresta plantada No Brasil, há 1,4 milhão de hectares em área concedida pelo estado ou pela União.

O Fórum destaca que se o país chegar a 20 milhões de hectares em concessão de florestas, o PIB seria aumentado em R$ 3,3 bilhões gerando uma arrecadação de impostos da ordem de R$ 250 milhões, com a geração de mais de 170 mil empregos e um valor da produção em 2030 equivalente a R$ 6,3 bilhões.

No Pará, o manejo gera 90 mil empregos diretos e indiretos, que atendem a uma demanda anual de 6 milhões de m³ e gera US$ 200 milhões em exportações, principalmente para os Estados Unidos e para a Europa, especialmente França, Países Baixos e Portugal.

Rastreabilidade

Dentro destas áreas, a fauna segue preservada e a flora está em regeneração, garantindo maior sequestro de carbono. A colheita das árvores nestes locais se dá de forma sustentável, respeitando as regras ambientais e mitigando o impacto ambiental nessas áreas.

No total, são 32 espécies de árvores com maior volume comercial e, dentre elas, destacam-se a maçaranduba, cedrinho, angelim-vermelho, jatobá, garapeira e marupá.

Antes da colheita das árvores, há uma análise feita por especialistas, que separam as árvores em três tipos: remanescentes, que são as árvores mais jovens; porta sementes, que servem para assegurar a perpetuação da espécie; e abates, que são as efetivamente retiradas.

Todo esse processo respeita o ciclo de vida das árvores. Em média, de quatro a seis árvores são retiradas por hectare (o equivalente a um campo de futebol) e o retorno a mesma área ocorrerá após 25 a 35 anos, permitindo o crescimento das árvores remanescentes.

Antes da colheita das árvores, é preciso encaminhar toda a documentação para os órgãos competentes, que avalia os documentos apresentados, realiza as fiscalizações necessárias e, por fim, autoriza a remoção.

Todo este processo garante a reprodução do ciclo natural da floresta, possibilitada pela seleção criteriosa das árvores a serem cortadas. Isso garante a proteção de áreas de preservação permanente e de espécies ameaçadas de extinção, a manutenção da biodiversidade e minimiza os impactos ambientais da atividade.

Além disso, a atividade promove o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais, que dependem dos recursos florestais para sua subsistência. Por fim, as áreas de manejo não contam com histórico de invasões e de incêndios.

A rastreabilidade da madeira nativa é assegurada pelos sistemas de controle, como o Documento de Origem Florestal (DOF Legado), o maior e mais inovador sistema de controle florestal do mundo. Por meio de um QR Code, é possível realizar a identificação da madeira, desde as coordenadas geográficas de sua área de origem. Isso garante a procedência do produto desde a extração até a venda ao consumidor final.

Continue lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *