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Justiça

Caso Flordelis: primeiro réu diz que ex-deputada é exemplo de caráter e alega inocência 

Flordelis será a segunda a ser ouvida

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Neste sexto dia de julgamento, o primeiro a ser ouvido é André Luiz, filho afetivo do casal. A oitiva teve início às 10h27. O réu contou como chegou na casa da ex-deputada, até então ainda na comunidade do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro.
Cerca de uma hora depois, questionado pela advogada Janira Rocha, André Luiz negou que o pastor Anderson do Carmo tenha agredido fisicamente a ex-deputada e informou só ter conhecimento da denúncia de abusos sexuais contra as irmãs após a morte da vítima.

“Agressão física não, mas ele era rígido na hora de falar. Se minha mãe interrompesse o raciocínio dele, por exemplo, ele falava mais ríspido. Mas minha mãe era uma princesa pra ele. Meu pai dava roupa, peruca, dente, tudo. Meu pai produzia, cuidava da imagem dela. Eu não sabia sobre isso [abusos sexuais] eu só tomei conhecimento após a morte do meu pai”.

André Luiz relembrou o dia do crime. Ele relatou que estava no quarto, dormindo, quando ouviu os tiros. “Eu achei que pudesse ser assalto na rua e acabo deitando, mas depois, alguns segundos, minutos, eu escuto o burburinho na casa, boto uma roupa e desço. Quando desço, vejo todo mundo olhando para algo, sem entender eu vou pra garagem e vejo meu pai caído próximo ao carro. Eu fiquei completamente nervoso”.

O filho adotivo de Flordelis foi perguntado sobre as informações das tentativas de envenenamento que o pastor Anderson do Carmo sofreria por parte da ex-deputada e algumas filhas. “Eu nunca vi alguém envenenando meu pai. Ele tomava remédio de pressão, ele tomava em comprimido. Eu já vi amassarem o comprimido para tomar, mas comprimido de envenenamento nunca houve”.

André Luiz confirmou que o pastor Anderson do Carmo sabia da existência de um plano para matá-lo. “Meu pai nos falou que sabia que tinha um plano de alguém para matá-lo. Ele disse que tinha alguém na casa que queria matá-lo, que ele tinha descoberto e que estaria resolvendo ou ia resolver. Ele não citou nomes. Descobri depois que o Lucas tinha ido lá em casa e que tinha um plano dele com a Marzy para matá-lo”.

Após o fim dos questionamentos dos advogados de defesa, foi a vez dos jurí realizar perguntas. Uma delas foi quem seria o maior exemplo de caráter para ele. André responde: “minha mãe [se referindo a Flordelis]”. Ao ser perguntado pela juíza Nearis Arce se gostaria de acrescentar mais alguma coisa, ele diz: “Eu sou inocente, não tive nada a ver [com o crime]”.

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