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CREA vai eleger na próxima sexta-feira novo presidente

Diferente do que ocorreu nas últimas eleições, o mais jovem candidato de oposição, Miguel Fernández, vem ganhando favoritismo nesta reta final

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Foto Destaque: Divulgação

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), o maior da América Latina, realiza na próxima sexta-feira, dia 17, a eleição para presidência. A entidade regulamenta e fiscaliza o exercício profissional da engenharia, agronomia e geociências em empresas privadas ou públicas.

O Conselho também trabalha pela valorização profissional dos engenheiros e contribui para o desenvolvimento das cidades. No estado do Rio de Janeiro são 100 mil profissionais registrados, dos quais 75 mil aptos a votar.

Pela primeira vez, as eleições do CREA serão online, o que leva especialistas em eleições de conselhos profissionais a afirmarem que a tendência é uma mudança no perfil dos próximos presidentes eleitos. Além de ter notoriedade no setor, ser influente também em redes sociais passou a ser pré-requisito para se eleger.

Diferente do que ocorreu nas últimas eleições, o mais jovem candidato de oposição, Miguel Fernández, vem ganhando favoritismo nesta reta final por possuir um engajamento em suas redes sociais maior que os outros candidatos juntos.

Miguel Fernández, candidato à presidência do CREA/RJ

O engenheiro Civil pela UFRJ, servidor público e professor, Miguel Fernández, com notória atuação no setor de saneamento, está concorrendo à vaga de presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia no Rio de Janeiro. Entre as suas principais propostas estão promover a transformação digital do CREA-RJ e garantir maior valorização da categoria e a participação da entidade em temas que auxiliem no desenvolvimento do estado.

Mestre em Engenharia Urbana pela UFRJ, cursa o doutorado em Engenharia Ambiental na mesma universidade. Engenheiro civil/hidráulico da Fiocruz e professor do curso de Engenharia Civil do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), Miguel Fernández é ex-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária, seção Rio de Janeiro (ABES-Rio). Trabalhou por 5 anos na Cedae, onde foi responsável pela elaboração e análise de projetos básicos e executivos hidráulicos para todo o estado.

Confira as Perguntas e respostas?

O que o motivou a ser candidato a presidência do CREA?

  • Ao longo dos anos de profissão, testemunhei o impacto positivo que o setor das engenharias pode ter nas cidades, nas comunidades e no desenvolvimento sustentável. A tecnologia está avançando em ritmo acelerado e precisamos também garantir que o nosso Conselho e a nossa categoria acompanhem essas mudanças e contribuam para um Conselho mais eficiente e um estado mais desenvolvido e resiliente. Atualmente, infelizmente o que vemos é um conselho que se fechou exclusivamente para as atividades cartorárias burocráticas. Aceitei o desafio de ser candidato a presidente para mudar essa realidade.

Quais são suas principais propostas para o Conselho?

  • Transformar o Conselho em um órgão verdadeiramente representativo e inovador. Digitalizar os processos e lançar o aplicativo “CREA na Mão” para facilitar o acesso aos serviços, informações e documentos. Além de promover a transformação digital, vamos atuar com mais transparência, diálogo e estimular maior participação dos profissionais nas ações do CREA e nas discussões importantes sobre temas de interesse da população, como plano diretor urbano, saneamento e infraestrutura. Vamos trabalhar também por maior reconhecimento da categoria, lutando por respeito ao piso salarial e pelo fim das concorrências públicas por preço mínimo. Teremos comissões especializadas e grupos de trabalho para debater temas específicos do setor.

Quais são os principais desafios enfrentados hoje pelo CREA-RJ?

  • O CREA-RJ deveria desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do setor, na formação, qualificação e na garantia da segurança das atividades realizadas pelos profissionais do setor. No entanto, são muitas as críticas sobre o desempenho da instituição, que atualmente tem um papel meramente cartorial e burocrático. Uma instituição que historicamente já foi responsável pela promoção e defesa da categoria que representa e que foi referência no desenvolvimento tecnológico e na contribuição do saber na execução de grandes obras públicas, hoje é amplamente criticada por seus profissionais pela falta de representatividade e por estar em desalinho com a realidade do mercado.

Como o CREA pretende incentivar os jovens profissionais?

  • Por meio da implantação do programa CREA Jr., focado no incentivo a jovens profissionais, que inclui mentoria e acompanhamento. Faremos parcerias com universidades para apoio e valorização dos estagiários registrados no Conselho, preparando-os para uma carreira de sucesso e investindo no futuro das engenharias.