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Rio

Deputado afirma que lei para cercar navios com bóias irá prejudicar atividades comerciais do Porto do Rio

Representantes do setor portuário que criticaram duramente o PL estadual 329/2023, afirmaram que isso atrapalha a operação de embarcações na Baía de Guanabara

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Foto Destaque: Divulgação

A colocação de barreiras flutuantes no entorno de navios que vierem atracar no Porto do Rio de Janeiro, para proteger as águas de um eventual dano de material nocivo ao meio ambiente, foi tema de debate na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Nele, participaram representantes do setor portuário que criticaram duramente o PL estadual 329/2023, afirmando que atrapalha a operação de embarcações na Baía de Guanabara, podendo acabar se transformando em um enorme transtorno para a economia do Rio de Janeiro e a própria sustentabilidade da Baía de Guanabara.

Para o presidente da PortosRio, Álvaro Sávio, que defende a preservação do meio ambiente e a retirada dos navios abandonados, não se pode negligenciar a importância das atividades comerciais da Baía de Guanabara, mas que existem questões muito mais importantes, como o prolongamento do cais. Já o presidente da Comissão de Responsabilidade Social da OAB, João Leal, afirma que a medida pode trazer prejuízo para o mercado, preferindo que especialistas da área sejam ouvidos.

De acordo com o deputado federal Júlio Lopes (PP), é preciso que se encontre uma maneira para que aja uma interação e se evite a criação de mais um obstáculo, que com certeza irá gerar novos e enormes custos para a logística portuária, influenciando naquilo que é mais grave para a logística mundial contemporânea, que é a velocidade, operacionalidade e capacidade de ação eficiente e rápida. Ele afirma ainda que a possível aprovação da lei proposta, irá reduzir a capacidade de resposta e reduzir a atratividade por parte das empresas e companhias internacionais pelo Porto do Rio de Janeiro.

“A proposta é considerada temerária pelo setor, pois pode acabar fazendo do Porto um novo Galeão reduzindo enormemente seu movimento, já que ele opera hoje com menos de 50% de sua capacidade. O Porto do Rio é o quarto maior do Brasil e de grande importância estratégica para o estado. É claro que preservar a parte hídrica é necessário, mas não podemos deixar de olhar para os operadores. Não precisamos dessa lei, pois o que realmente prejudica a Baía de Guanabara é o elevado número de embarcações abandonadas e o excesso de lixo. Vale lembrar que nenhum grande porto do mundo funciona dessa maneira e com essa metodologia”, enfatizou Júlio.

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