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Rio

Em apenas um mês, pescadores removem dez toneladas de resíduos da Baía de Guanabara com o apoio da Ocyan

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Membros do projeto "Baía Limpa"
Foto destaque: Divulgação

Os pescadores do projeto “Baía Limpa”, apoiado pela Ocyan e realizado em parceria com a BVRio, já retiraram 10 toneladas de resíduos da Baía de Guanabara em um mês de coleta. Cerca de vinte pescadores de duas colônias tradicionais no Caju, Maré e Ilha do Fundão estão dedicando dois dias por semana para a ‘pesca’ de resíduos.

A meta é retirar 100 toneladas de lixo da Baía de Guanabara em 12 meses. As 10 primeiras toneladas foram retiradas em apenas sete dias de pesca. Foram coletados desde pequenos detritos até objetos volumosos, totalizando cerca de quatro toneladas de diferentes tipos de plástico, 500 quilos de vidros, eletrônicos, uma tonelada de materiais têxteis, mais de duzentos quilos de chinelos e além de três sofás.

Gileuda Silva Barbosa, conhecida como Branca, pescadora artesanal que participa do projeto, compartilha suas impressões.

“Nosso maior sonho é ter uma baía limpa. Temos pescadores que atuam aqui há mais de 40 anos, e eles dizem que é muito doloroso ver tanto lixo. O pescador dorme e acorda sonhando com o balanço do mar, e com esse lixo tendo um destino correto. Quando pegamos esse lixo, ensacamos e levamos para a lixeira, é muito prazeroso porque temos a certeza de que aquele lixo não estará mais nas nossas redes de pesca”, comenta.

Além do impacto ambiental positivo, o projeto também beneficia a comunidade local, apoiando 20 famílias e proporcionando renda por meio da coleta e disposição correta dos resíduos. Parte desses materiais é encaminhada para reciclagem, contribuindo para a economia circular e reduzindo o desperdício.

Pedro Succar, especialista em economia circular da BVRio, destaca o importante impacto social do Baía Limpa, uma vez que os pescadores não conseguem mais sustentar suas famílias apenas com a pesca tradicional. Ele enfatiza que “esse projeto tem sido a fonte de sustento desses grupos” e destaca o caráter social e ambiental da iniciativa que proporciona renda e dignidade aos pescadores, ao mesmo tempo em que contribui para a limpeza da Baía. Isso, por sua vez, resulta em um aumento da vida marinha e, consequentemente, em maior rendimento com a pesca.

Ester Bayerl, Coordenadora de Responsabilidade Socioambiental, Diversidade e Inclusão da Ocyan, reforça o compromisso da empresa com metas ESG (ambientais, sociais e de governança).

“O projeto está de acordo com nossas metas ESG e o nosso compromisso de criar oportunidades e empoderar comunidades, contribuindo tanto para uma Baía de Guanabara mais limpa quanto para uma sociedade que, no futuro, desfrutará dos benefícios desse importante ecossistema. A Baía de Guanabara é a segunda maior do litoral brasileiro e por décadas foi o principal acesso para terras brasileiras. Sabemos que para despoluí-la é necessário um esforço coletivo que une Governo e iniciativa privada, mas é fundamental que cada um faça a sua parte”, disse a coordenadora.

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