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Rio

Em dois anos, 25% dos crimes registrados na DECRADI foram por intolerância religiosa

Dado foi apresentado pelo delegado Gilbert Stivanello durante oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da ALERJ

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(Foto: Divulgação)

A subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil divulgou, nesta terça-feira (15), que cerca de 25% dos casos registrados na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) entre 2018 – quando foi criada – e 2020 foram relacionados a crimes de intolerância religiosa. O dado foi apresentado pelo delegado Gilbert Stivanello durante oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo Gilbert, dos 500 procedimentos registrados no período que esteve à frente da Decradi, 75% foram concluídos e encaminhados à Justiça. “Dentro dessa porcentagem, a maioria das denúncias vieram de praticantes de religiões de matrizes africanas, mas também tivemos episódios contra judeus, cristãos, mulçumanos e protestantes”, informou.

Ainda de acordo com o delegado, os casos estavam relacionados a brigas familiares; com vizinhos, principalmente em horários de cultos; meios de transporte como táxi ou uber e na internet.

Buraco Boi

A presidente da comissão, deputada Martha Rocha (PDT), lembrou que a CPI foi informada de que os crimes no Buraco do Boi, no bairro Parque Flora, em Nova Iguaçu. Gilbert Stivanello foi o responsável pela operação que resultou na prisão do chefe do tráfico da comunidade. “A Decradi deve voltar a atuar nessa localidade, mas gostaria também de pedir uma articulação contínua da Decradi com a subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil para enfrentar esses casos de racismo religioso”, afirmou.

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