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Coronavírus

Estudo mostra evolução da Covid-19 no Estado do Rio desde o início da pandemia

Levantamento concluiu que cenário atual do coronavírus voltou aos números mais baixos, após a passagem da onda causada pela variante Ômicron

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Imagem do Coronavírus
Coronavírus (Foto: Divulgação)
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Coronavírus (Foto: Divulgação)

Um estudo realizado pela Secretaria de Estado de Saúde mostrou a evolução da Covid-19 no Estado do Rio desde o início da pandemia, em março de 2020. A pesquisa realizada pela Superintendência de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde avaliou o comportamento de cada uma das cinco ondas que o Rio enfrentou e apontou que, houve o surgimento e predomínio de uma variante do vírus com características diferentes tanto de transmissão quanto letalidade.

O levantamento concluiu que o cenário atual do coronavírus voltou aos números mais baixos, após a passagem da onda causada pela variante Ômicron. Mesmo que a Ômicron tenha gerado a maior curva de casos já observada desde o início da pandemia, foi a última onde houve internações de óbitos por Covid-19. A vacinação da população foi um fator de total relevância para a redução.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, em janeiro de 2022, a mortalidade entre os não vacinados com a primeira dose internados foi 60% maior que a dos internados com as duas doses. Já a onda causada pela variante Gama (P1) foi a que apresentou a maior duração e, por isso, teve maior incidência de síndrome respiratória aguda.

Esse estudo vai nos ajudar a compreender o comportamento da Covid-19 no estado. Entendermos como a vacinação e as ações de enfrentamento foram fundamentais para que pudéssemos reduzir cada vez mais o número de casos graves e óbitos. A Covid-19 é uma doença que ainda não conhecemos por completo e que muda a cada nova onda de transmissão. Esses dados são fundamentais para que possamos pensar ações futuras”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

Na primeira onda, que aconteceu entre os meses de abril e maio de 2020, a predominância foi da variante B.1.1.33, cepa inicial que chegou ao Brasil e não era considerada de preocupação, já se encontrava em todos os continentes do mundo. Durante essa onda, foram registrados 99.760 casos, 24.174 internações e 11.270 óbitos.

A segunda onda ocorreu entre os meses de novembro de 2020 e janeiro de 2021, com predomínio da P.2 (Zeta), considerada uma variante de interesse e identificada primeiro no Rio de Janeiro e depois nos outros estados. No período, foram registrados 282.339 casos, 27.778 internações e 10.621 óbitos.

A terceira onda teve início em fevereiro de 2021, devido à entrada da variante P.1 (Gama) no estado. Ela foi detectada primeiro em Manaus e depois no restante do país. Esta foi a onda com a maior duração, ocorrendo até meados do mês de junho. Foram 358.980 casos notificados, 55.150 internações e 20.079 óbitos. Em agosto de 2021, o estado entrou na 4ª onda com a chegada da variante A.Y.99.2 (Delta) ao país.

O diferencial desta onda foi ter ocorrido depois  do início da campanha de vacinação. Ela se mostrou menos transmissível que as outras e registrou 71.053 casos, 6.772 internações e 2.524 óbitos.

A quinta onda gerada pela entrada da variante BA.1 (Ômicron) no Brasil, aconteceu entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Até o momento, esta foi a que apresentou a curva mais elevada de casos. Embora tenha sido a maior em número de casos com 459.099, representou o menor número de internações, 4.607, e 1.475 óbitos, refletindo a efetividade da vacinação contra Covid-19.

Quanto ao perfil das internações, a Secretaria de Estado de Saúde mostrou que foram registradas um total de 184.830 hospitalizações desde o início da pandemia. A 3ª onda foi responsável pelo maior número de internações e de municípios (20) que tiveram acima de 500 registros. Em relação ao óbitos, o boletim apresenta que o estado registrou 71.060 mortes pela doença desde março de 2020.

O maior número de registros, entretanto, ocorreu na 3ª onda, até a 4ª, houve predomínio de internações de pessoas do sexo masculino, porém, na 5ª onda, os números se igualaram: 50,2% dos internados eram mulheres, e 49,8%, homens.

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