Família de Agnaldo Timóteo marca missa de 7º dia e conta que tratamento contra a Covid-19 foi de graça

A família de Agnaldo Timóteo organizou a missa de 7º dia do cantor para esta sexta-feira (9), às 15h, na Igreja Divina Misericórdia, em Vila Valqueire, na Zona Norte do Rio. Agnaldo, considerado uma das maiores vozes da música, morreu no último sábado (3), aos 84 anos, depois de ficar 17 dias internado por causa da Covid-19, no Hospital São Bernardo, na Barra da Tijuca.

Depois da morte do cantor começaram a circular notícias de que Timóteo teria deixado uma herança de R$ 15 milhões. Mas, segundo os parentes, o cantor teve os custos de sua internação e todo o seu tratamento no hospital na Barra da Tijuca dado como cortesia, porque não tinha plano de saúde.

“Agradeceremos eternamente a toda a equipe do Hospital Rede Casa São Bernardo. Não tivemos vergonha de assumir que Agnaldo Timóteo não tinha plano de saúde devido a sua situação financeira. Não tivemos vergonha de pedir! E, graças a Deus, o hospital prontamente abriu as portas com o que há de melhor e o assistiu gratuitamente”, diz o comunicado da família, enviado ao Jornal Extra.

Um representante do hospital confirmou a informação sobre a cortesia, acrescentando que a parceria com o cantor começou quando o próprio Agnaldo solicitou apoio para a realização de sua última live, “Superação e fé”, aos pés do Cristo Redentor, em 20 de janeiro, Dia de São Sebastião, o santo padroeiro do Rio de Janeiro e protetor contra as pandemias.

A família disse ainda desconhecer qualquer tipo de herança deixada pelo Timóteo. Na última semana circularam boatos de que o cantor teria deixado um testamento com uma fortuna avaliada em R$ 15 milhões, feito 25 dias antes de sua morte, e o valor seria destinado a Keyty Evelyn, de 14 anos, a quem considerava filha, e outros parentes.

Amigos do cantor também estranharam essa notícia de herança já que, em situação financeira crítica, Agnaldo colecionava dívidas em seus últimos dias de vida. De bens o cantor tinha uma casa na Barra da Tijuca, que está à venda há alguns anos e está bem danificada e também um apartamento na Rua Augusta, em São Paulo, de 70 metros quadrados.