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Justiça concede liberdade à mulher que cometeu racismo contra vigia na Barra

"Ela começou a me agredir também verbalmente, me chamando de preto, marginal, favelado, safado… para eu devolver o telefone e o cordão dela de ouro”, disse o vigia

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Após a confusão, a Policia Militar foi acionada, a mulher foi encaminhada para a 16ª DP (Barra) e presa em flagrante

A Justiça do Rio concedeu nesta terça-feira (05) liberdade provisória para a mulher que agrediu, xingou e acusou de falso roubo um vigia negro do Hospital São Bernardo, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ana Claudia Arantes Cardoso foi flagrada neste domingo (03) cometendo racismo contra Otoniel da Silva Lopes.

A juíza Priscilla Macuco Ferreira entendeu que, apesar das provas e indícios de crime, Ana Claudia não representa risco a sociedade ao responder ao processo em liberdade. Ela também considerou que a prisão preventiva seria mais grave que a própria punição do crime, visto que “é bem provável que a conduzida, em caso de condenação, cumpra a pena, inicialmente, em regime aberto”, pois é ré primária.

A agressora está proibida de frequentar o Hospital São Bernardo e de ter contato com a vítima e testemunhas durante o processo. Ana Claudia também deverá comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades e está proibida de ficar fora da cidade do Rio por mais de sete dias.

Otoniel da Silva Lopes foi agredido e ofendido pela paciente, após ser impedida de estacionar o carro em uma área restrita. “Ela entrou no hospital gritando, falando que tinha sido assaltada e que era para os seguranças darem o telefone e o cordão de ouro dela. […] Ela começou a me agredir também verbalmente, me chamando de preto, marginal, favelado, safado… para eu devolver o telefone e o cordão dela de ouro”, disse o vigia.

“O vigia, ainda, tentou conter a custodiada, momento em que ela o agrediu com tapas no rosto e empurrões na presença de outros funcionários e pacientes”, informa a ata da audiência de custódia.

Ana Claudia Arantes Cardoso vai responder por injúria racial, mas outros crimes podem ser adicionados ao processo, como desacato e calúnia pela acusação falsa de roubo.

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