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Laudo de necropsia mostra que criança morreu por esganadura; mãe e padrasto alegam que menino se matou

Mãe e padrasto de Kauã foram presos no último sábado

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O resultado do laudo de necropsia feito no corpo de Kauã Almeida Tavares, de 10 anos, mostrou que a criança, diferente do que foi alegado pela mãe e pelo padrasto do menino, não morreu de suicídio, mas sim por estrangulamento.

O exame identificou lesões no pescoço, na nuca e na região cervical de Kauã. O delegado Fábio Asty, responsável pelo caso, conversou com a reportagem da Super Rádio Tupi.

“Foram duas perícias muito importantes: o laudo de exame cadavérico que demonstra a marca de esganadura no pescoço da criança e a reprodução simulada que conseguiu constatar que não houve suicídio, mas sim um homicídio provocado por esganadura – asfixia que se dá com as mãos no pescoço da criança”.

Kauã Tavares foi encontrado morto no dia 17 de março na casa onde ele morava com a mãe, Suelen da Conceição Almeida, o padrasto, Alan Ferreira da Silva, e o irmão de 3 anos de idade. Mãe e padrasto foram presos no sábado (09).

Outra situação que chamou a atenção dos agentes foi o fato de mãe e padrasto levaram o menino a uma unidade de saúde mais distante de casa. “Isso é algo que poderia nos indicar que eles demoraram propositalmente já com a intenção que o menino viesse à óbito”, disse Asty.

O caso chegou até a Polícia Civil pelo próprio padrasto. Segundo o delegado, Alan disse que encontrou o menino enforcado a uma coleira de cachorro, porém a coleira “jamais foi encontrada”. As investigações então começaram a ter um novo rumo.

“Os familiares suspeitaram que o menino teria tido um ato contra si mesmo por ser uma criança alegre e extrovertida. Parentes da Suelen [mãe da vítima], afirmaram que o menino já vinha sofrendo violência física por ela e até psicológica seguidas vezes”.

Suelen da Conceição Almeida e Alan Ferreira da Silva foram presos por homicídio duplamente qualificado, com pena que pode chegar a 12 anos de prisão.

“Mesmo com todas as evidências comprovando que não houve enforcamento, ainda assim, os dois [mãe e padrasto] sustentam a versão inicial de que houve um encontro da criança enforcada, mas é certo que ambos concorreram para a prática de homicídio”, finalizou o delegado Fábio Asty.

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